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Middle East/pt: Difference between revisions

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Os palestinos precisam de uma pátria. A sua terra natal foi-lhes arrancada pelo povo de Israel.<ref>Em Novembro de 1947, a Assembléia Geral das Nações Unidas adoptou um plano que dividiu o antigo mandato britânico da Palestina em dois estados: um de maioria árabe e um de maioria judia. Os árabes palestinos rejeitaram o plano e atacaram áreas civis judaicas e alvos paramilitares. Após a declaração de independência de Israel em maio de 1948, o Líbano, o Egito, a Síria, o Iraque e a Transjordânia atacaram o novo estado de Israel, mas as forças israelenses derrotaram os exércitos árabes e Israel assumiu o controle de grande parte do território que teria sido alocado para o estado árabe. Durante a guerra, 700 mil árabes palestinianos fugiram de suas casas ou foram expulsos pelas milícias sionistas. Muitos refugiados da guerra esperavam regressar assim que os combates cessassem, mas Israel tornou ilegal o seu regresso e trouxe colonos judeus para ocupar as casas abandonadas.
Os palestinos precisam de uma pátria. A sua terra natal foi-lhes arrancada pelo povo de Israel.<ref>Em Novembro de 1947, a Assembléia Geral das Nações Unidas adoptou um plano que dividiu o antigo mandato britânico da Palestina em dois estados: um de maioria árabe e um de maioria judia. Os árabes palestinos rejeitaram o plano e atacaram áreas civis judaicas e alvos paramilitares. Após a declaração de independência de Israel em maio de 1948, o Líbano, o Egito, a Síria, o Iraque e a Transjordânia atacaram o novo estado de Israel, mas as forças israelenses derrotaram os exércitos árabes e Israel assumiu o controle de grande parte do território que teria sido alocado para o estado árabe. Durante a guerra, 700 mil árabes palestinianos fugiram de suas casas ou foram expulsos pelas milícias sionistas. Muitos refugiados da guerra esperavam regressar assim que os combates cessassem, mas Israel tornou ilegal o seu regresso e trouxe colonos judeus para ocupar as casas abandonadas.
Um acontecimento que acelerou o êxodo palestiniano foi o ataque de 14 de Abril de 1948 a Deir Yassin, uma aldeia árabe perto de Jerusalém, levado a cabo pela Irgun, uma organização terrorista judaica. Os agressores “mataram a maior parte dos seus habitantes – 240 homens, mulheres e crianças – e mantiveram alguns deles vivos para desfilarem como cativos pelas ruas de Jerusalém” (Isidore Abramowitz et al., carta ao New York Times, publicada em 4 de dezembro de 1948, citado pelo mensageiro, (em 18 de julho de 1982). O Irgun também realizou ataques à administração britânica na Palestina, incluindo o bombardeio do Hotel King David em Jerusalém, resultando em 91 mortes. Outra onda de palestinos fugiu como refugiados durante a Guerra Árabe-Israelense de 1967. Nas décadas que se seguiram à guerra, a tomada de terras palestinianas para a construção de colonatos judaicos acelerou e, no final da década de 1980, o governo israelita tinha tomado cerca de 40% das terras que tinham sido ocupadas por palestinianos na Cisjordânia. Para uma análise jurídica abrangente da tomada de terras palestinianas, ver Stacy Howett, “Palestinian Private Property Rights in Israel and the Occupied Territories”, Vanderbilt Journal of Transnational Law, 34:1, Novembro de 2000.  
Um acontecimento que acelerou o êxodo palestiniano foi o ataque de 14 de Abril de 1948 a Deir Yassin, uma aldeia árabe perto de Jerusalém, levado a cabo pela Irgun, uma organização terrorista judaica. Os agressores “mataram a maior parte dos seus habitantes – 240 homens, mulheres e crianças – e mantiveram alguns deles vivos para desfilarem como cativos pelas ruas de Jerusalém” (Isidore Abramowitz et al., carta ao ''New York Times'', publicada em 4 de dezembro de 1948, citado pelo mensageiro, (em 18 de julho de 1982). O Irgun também realizou ataques à administração britânica na Palestina, incluindo o bombardeio do Hotel King David em Jerusalém, resultando em 91 mortes. Outra onda de palestinos fugiu como refugiados durante a Guerra Árabe-Israelense de 1967. Nas décadas que se seguiram à guerra, a tomada de terras palestinianas para a construção de colonatos judaicos acelerou e, no final da década de 1980, o governo israelita tinha tomado cerca de 40% das terras que tinham sido ocupadas por palestinianos na Cisjordânia. Para uma análise jurídica abrangente da tomada de terras palestinianas, ver Stacy Howett, “Palestinian Private Property Rights in Israel and the Occupied Territories”, Vanderbilt Journal of Transnational Law, 34:1, Novembro de 2000.  
[https://scholarship.law.vanderbilt.edu/vjtl/vol34/iss1/3/ https://scholarship.law.vanderbilt.edu/vjtl/vol34/iss1/3/].
[https://scholarship.law.vanderbilt.edu/vjtl/vol34/iss1/3/ https://scholarship.law.vanderbilt.edu/vjtl/vol34/iss1/3/].
Esta tomada de terras palestinas continua até hoje. Para relatos contemporâneos, ver: Conselho Norueguês de Refugiados, “[https://www.nrc.no/news/2023/august/west-bank-entire-palestinian-communities-disappeared-due-to-israeli-settler-violence/ West Bank: Entire Palestinian communities disappeared due to Israeli settler violence (Cisjordânia: comunidades palestinas inteiras desapareceram devido à violência dos colonos israelenses)]”; Al Jazeera, “[https://www.aljazeera.com/news/2023/10/20/silent-annexation-settlers-dispossess-west-bank-bedouins-amid-israel-war ‘Silent annexation’: Settlers dispossess West Bank Bedouins amid Israel war ('Anexação silenciosa': Colonos desapossam beduínos da Cisjordânia em meio à guerra de Israel)]”; Wikipedia, “[https://en.wikipedia.org/wiki/Israeli_demolition_of_Palestinian_property Israeli demolition of Palestinian property (Demolição israelense de propriedade palestina)]”; ONU OCHA, “[https://www.ochaopt.org/data/demolition Data on demolition and displacement in the West Bank (Dados sobre demolição e deslocamento na Cisjordânia)]”; e Isabel DeBre, “[https://www.pbs.org/newshour/world/israel-ramps-up-demolition-of-palestinian-homes-in-jerusalem Israel ramps up demolition of Palestinian homes in Jerusalem (Israel acelera a demolição de casas palestinas em Jerusalém)]”, AP/PBS.
Esta tomada de terras palestinas continua até hoje. Para relatos contemporâneos, ver: Conselho Norueguês de Refugiados, “[https://www.nrc.no/news/2023/august/west-bank-entire-palestinian-communities-disappeared-due-to-israeli-settler-violence/ West Bank: Entire Palestinian communities disappeared due to Israeli settler violence (Cisjordânia: comunidades palestinas inteiras desapareceram devido à violência dos colonos israelenses)]”; Al Jazeera, “[https://www.aljazeera.com/news/2023/10/20/silent-annexation-settlers-dispossess-west-bank-bedouins-amid-israel-war ‘Silent annexation’: Settlers dispossess West Bank Bedouins amid Israel war ('Anexação silenciosa': Colonos desapossam beduínos da Cisjordânia em meio à guerra de Israel)]”; Wikipedia, “[https://en.wikipedia.org/wiki/Israeli_demolition_of_Palestinian_property Israeli demolition of Palestinian property (Demolição israelense de propriedade palestina)]”; ONU OCHA, “[https://www.ochaopt.org/data/demolition Data on demolition and displacement in the West Bank (Dados sobre demolição e deslocamento na Cisjordânia)]”; e Isabel DeBre, “[https://www.pbs.org/newshour/world/israel-ramps-up-demolition-of-palestinian-homes-in-jerusalem Israel ramps up demolition of Palestinian homes in Jerusalem (Israel acelera a demolição de casas palestinas em Jerusalém)]”, AP/PBS.