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Sobre essa representação de Maitreya, o erudito budista, Kenneth Ch’em, escreve: | Sobre essa representação de Maitreya, o erudito budista, Kenneth Ch’em, escreve: | ||
<blockquote>Um traço da sua aparência o destacava: ele carregava um saco de cânhamo, onde quer que fosse. Dentro do saco, guardava tudo o que recebia e, por essa razão, o saco tornou-se objeto de muita curiosidade, especialmente para as crianças. Elas perseguiam-no, pulavam em cima dele e forçavam-no a abri-lo. Nessas ocasiões, ele colocava o saco no chão, tirava de dentro | <blockquote>Um traço da sua aparência o destacava: ele carregava um saco de cânhamo, onde quer que fosse. Dentro do saco, guardava tudo o que recebia e, por essa razão, o saco tornou-se objeto de muita curiosidade, especialmente para as crianças. Elas perseguiam-no, pulavam em cima dele e forçavam-no a abri-lo. Nessas ocasiões, ele colocava o saco no chão, tirava de dentro os objetos, um a um, de forma metódica, e de igual maneira colocava-os de volta. As expressões que lhe eram atribuídas eram todas enigmáticas e exprimiam características [zen]. Certa vez, um monge perguntou-lhe sobre o saco. Ele respondeu, colocando-no no chão. Quando indagado sobre o que aquele ato significava, ele ajeitou o saco nas costas e foi-se embora. Em outra ocasião,perguntaram-lhe quantos anos o saco tinha, ao que ele respondeu que era tão antigo quanto o espaço”.<ref>Kenneth, K. S. Ch’en, ''Buddhism in China: A Historical Survey'' Princeton, Nova Jersey: Princeton University Press, 1964 p. 405-6.</ref></blockquote> | ||
O saco ilustra o mistério e o milagre do espaço sob a tutela do Buda. | O saco ilustra o mistério e o milagre do espaço sob a tutela do Buda. |
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