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Mais tarde, manteve a chama da Mãe da verdade, na antiga Grécia, quando aquele templo e a sua chama foram transferidos da Atlântida para aquele local. Atuou como diretora do templo e dos oráculos de [[Special:MyLanguage/Delphi|Delfos]], que eram os mensageiros dos deuses e das deusas que falavam aos anciães sobre a Verdade e a sabedoria da Lei. Palas Atena e os membros da [[Special:MyLanguage/Brotherhood|Fraternidade]] procuraram manter vivos os mistérios internos dos retiros. As memórias dos deuses, as funções das virgens do templo e dos oráculos de Delfos foram os últimos vestígios de comunicação dos mestres ascensos na cultura grega. Depois da extinção dessas fontes, devido à discórdia e rebelião do povo, começamos a encontrar o pensamento moderno que culminou no que hoje se manifesta como humanismo. | Mais tarde, manteve a chama da Mãe da verdade, na antiga Grécia, quando aquele templo e a sua chama foram transferidos da Atlântida para aquele local. Atuou como diretora do templo e dos oráculos de [[Special:MyLanguage/Delphi|Delfos]], que eram os mensageiros dos deuses e das deusas que falavam aos anciães sobre a Verdade e a sabedoria da Lei. Palas Atena e os membros da [[Special:MyLanguage/Brotherhood|Fraternidade]] procuraram manter vivos os mistérios internos dos retiros. As memórias dos deuses, as funções das virgens do templo e dos oráculos de Delfos foram os últimos vestígios de comunicação dos mestres ascensos na cultura grega. Depois da extinção dessas fontes, devido à discórdia e rebelião do povo, começamos a encontrar o pensamento moderno que culminou no que hoje se manifesta como humanismo. | ||
[[File:Atena giustiniani, copia romana da originale greco.JPG|thumb|upright | [[File:Atena giustiniani, copia romana da originale greco.JPG|thumb|upright|Cópia romana de uma escultura original grega de Palas Atena]] | ||
== Na Grécia Antiga == | == Na Grécia Antiga == | ||
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Atena é popularmente admirada como a “donzela marcial”, que inspira e acompanha os heróis nas suas aventuras e batalhas, embora jamais sucumba às investidas amorosas, defendendo com firmeza a sua virgindade. Foi uma das três deusas virgens que não se deixaram influenciar por Afrodite, Deusa do Amor. Um dos primeiros relatos de Atena aparece na ''Ilíada'', na qual é uma deusa guerreira, inspirando e lutando ao lado dos heróis gregos. Contar com os seus favores é sinônimo de perícia militar. | Atena é popularmente admirada como a “donzela marcial”, que inspira e acompanha os heróis nas suas aventuras e batalhas, embora jamais sucumba às investidas amorosas, defendendo com firmeza a sua virgindade. Foi uma das três deusas virgens que não se deixaram influenciar por Afrodite, Deusa do Amor. Um dos primeiros relatos de Atena aparece na ''Ilíada'', na qual é uma deusa guerreira, inspirando e lutando ao lado dos heróis gregos. Contar com os seus favores é sinônimo de perícia militar. | ||
The Roman Emperor Julian said of her: “Unto men Athena gives good things—namely wisdom, understanding, and the creative arts. And she dwells in their citadels as being the founder of civil government through the communication of her own wisdom.”<ref>G. A. Gaskell, ''Dictionary of All Scripture and Myth'' (N.Y.: Random House, 1981).</ref> | |||
Segundo a tradição mitológica grega, Palas Atena foi a filha favorita de Zeus, o poderoso pai dos deuses e rei do monte Olimpo. A deusa Metis, cujo nome significa “pensamento” ou “inteligência” era sua mãe. Acreditava-se que Metis era tão sábia que tinha mais conhecimento que todos os deuses e homens juntos. | Segundo a tradição mitológica grega, Palas Atena foi a filha favorita de Zeus, o poderoso pai dos deuses e rei do monte Olimpo. A deusa Metis, cujo nome significa “pensamento” ou “inteligência” era sua mãe. Acreditava-se que Metis era tão sábia que tinha mais conhecimento que todos os deuses e homens juntos. | ||
Zeus foi advertido de que, se tivesse filhos com Metis, eles o sobrepujariam e acabariam por destroná-lo. Por isso, quando Metis engravidou, Zeus engoliu-a para impedir o nascimento da criança. Assim que o fez, foi acometido por violenta dor de cabeça. Zeus procurou Hefesto, o deus da forja, que lhe rompeu o crânio com um machado de bronze, a fim de aliviar-lhe a dor. Dali irrompeu Atena, de olhos brilhantes, com uma armadura completa, gritando triunfantemente e empunhando uma lança afiada! | Zeus foi advertido de que, se tivesse filhos com Metis, eles o sobrepujariam e acabariam por destroná-lo. Por isso, quando Metis engravidou, Zeus engoliu-a para impedir o nascimento da criança. Assim que o fez, foi acometido por violenta dor de cabeça. Zeus procurou Hefesto, o deus da forja, que lhe rompeu o crânio com um machado de bronze, a fim de aliviar-lhe a dor. Dali irrompeu Atena, de olhos brilhantes, com uma armadura completa, gritando triunfantemente e empunhando uma lança afiada! | ||
O nascimento de Atena da cabeça de Zeus pode ser visto como um símbolo do seu temperamento racional. A natureza dela reflete o triunfo da razão sobre a paixão, pois não se deixa demover pelas emoções da paixão ou pelo amor romântico. O pai é o mais poderoso dos deuses e a mãe a mais sábia entre as deusas. Atena é o produto da união do poder com a sabedoria. | |||
''The New Century Classical Handbook'' gives the following profile of Pallas Athena: | |||
<blockquote>She personifies the clear upper air as well as mental clearness and acuteness, embodying the spirit of truth and divine wisdom. She participates with skill and wisdom in wars to defend the state, but does not fight, like the God of War, with uncontrolled ferocity for sheer love of strife. Her activities in war restore order, and thus she is a goddess of peace. She upholds law and order, encourages the arts by which the state is strengthened, and has invented so many aids to mankind that she is called the Contriver. She is the protectress of the young, the patroness of agriculture, of construction of all kinds, of healing and of music. She is especially devoted to the interests of mankind, for, some say, when Prometheus fashioned men of clay and water it was Athena who breathed life into them.<ref>Catherine Avery, ed., ''The New Century Classical Handbook'' (N.Y.: Appleton-Century-Crofts, 1962), p. 186.</ref></blockquote> | |||
Athena was worshiped all over Greece but especially as the protecting deity of Athens and Attica. As legend has it, both Poseidon and Athena desired to rule Athens. The gods decided that the one who produced a gift most useful to mortals would win the city. According to some versions, Poseidon struck the ground with his trident and produced a horse. According to other accounts, he produced a fountain of salt water. But it was Athena’s gift that won the favor of the gods: She planted an olive tree. The gods decided that her gift was more useful to mortals and awarded her the city. The olive tree later became the basis of the city’s economy. | |||
[[File:1200px-Acropilos wide view.jpg|thumb|upright=1.2|A Acrópolis emo Partenon]] | [[File:1200px-Acropilos wide view.jpg|thumb|upright=1.2|A Acrópolis emo Partenon]] | ||
O | Os atenienses conheciam-na como ''Partenos'', que significa Virgem ou Donzela e, em sua homenagem, construiram o Partenon na Acrópole, em Atenas. O belo Partenon foi considerado um dos maiores templos gregos e uma obra-prima da arquitetura da Grécia e era o centro espiritual de Atenas. Construído no alto de uma colina, podia ser visto a quilômetros de distância, e concretizou-se como símbolo da cultura, da riqueza e do poder atenienses. No extremo oeste do templo, erguia-se uma estátua da deusa, em marfim e ouro, com treze metros de altura e que fora esculpida por [[Special:MyLanguage/Serapis Bey#Phidias|Fídias]]. | ||
Author David Kinsley writes: | |||
<blockquote>A consistent theme in the mythology and cult of Athena is her identification with the city of Athens. The city is an extension of her, as it were—something that spreads and grows from the sacred center, the Acropolis, which is not only the dwelling of the goddess but the goddess herself.... Athena personifies or embodies the spirit of Athens as the expression of ideal civilized human existence.<ref>David Kinsley, ''The Goddesses’ Mirror: Visions of the Divine from East and West'' (Albany, N.Y.: State University of New York Press, 1989), p. 145.</ref></blockquote> | |||
Nas artes, Atena é representada como uma figura imponente que usa uma armadura e carrega um peitoral, o “aegis”, que nenhuma seta pode atravessar. O “aegis” é cercado de serpentes e adornado com a cabeça da górgona Medusa. Geralmente, Atena usa um elmo dourado e na mão direita segura uma lança que usa para golpear a serpente aos seus pés. Diz-se, por isso, que ela empunha a lança do conhecimento contra a serpente da ignorância. Para os antigos gregos, Atena era conhecida como “a que sacode a lança”. A estátua de Atena era colocada nos seus templos e quando os raios do sol se refletiam na lança, era como se ela a estivesse agitando. | Nas artes, Atena é representada como uma figura imponente que usa uma armadura e carrega um peitoral, o “aegis”, que nenhuma seta pode atravessar. O “aegis” é cercado de serpentes e adornado com a cabeça da górgona Medusa. Geralmente, Atena usa um elmo dourado e na mão direita segura uma lança que usa para golpear a serpente aos seus pés. Diz-se, por isso, que ela empunha a lança do conhecimento contra a serpente da ignorância. Para os antigos gregos, Atena era conhecida como “a que sacode a lança”. A estátua de Atena era colocada nos seus templos e quando os raios do sol se refletiam na lança, era como se ela a estivesse agitando. |
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