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Muitas obras de Roerich retratam cenas magníficas da natureza e temas inspirados na história, na arquitetura e na religião. As suas pinturas são místicas, alegóricas e até mesmo proféticas. Os quadros que pintou entre 1912 e 1914 refletem geralmente um sentimento de cataclismo iminente. Um deles, ''O último Anjo'' (1912), representa um incêndio de enormes proporções envolvendo uma cidade. Sobre o local, cercado por nuvens de fumaça, há um anjo, carregando espada e escudo, que anuncia o Juízo Final. Em 1936, pouco antes da Segunda Guerra Mundial, Roerich pintou ''Armagedom''. No quadro, vemos os telhados de uma cidade entre nuvens de fumaça e, em primeiro plano, na parte inferior da obra, a silhueta de soldados em marcha. | Muitas obras de Roerich retratam cenas magníficas da natureza e temas inspirados na história, na arquitetura e na religião. As suas pinturas são místicas, alegóricas e até mesmo proféticas. Os quadros que pintou entre 1912 e 1914 refletem geralmente um sentimento de cataclismo iminente. Um deles, ''O último Anjo'' (1912), representa um incêndio de enormes proporções envolvendo uma cidade. Sobre o local, cercado por nuvens de fumaça, há um anjo, carregando espada e escudo, que anuncia o Juízo Final. Em 1936, pouco antes da Segunda Guerra Mundial, Roerich pintou ''Armagedom''. No quadro, vemos os telhados de uma cidade entre nuvens de fumaça e, em primeiro plano, na parte inferior da obra, a silhueta de soldados em marcha. | ||
Não é fácil descrever o estilo artístico de Roerich porque, segundo Claude Bragdon, ele pertence a uma seleta fraternidade de artistas – que inclui da Vinci, Rembrandt, Blake e, na música, Beethoven – cujas obras apresentam “uma qualidade única, profunda e mística, que os diferencia dos seus contemporâneos, tornando impossível classificá-los em qualquer categoria conhecida, ou vinculá-los a qualquer escola, visto serem figuras únicas que se assemelham a si mesmas – e uns aos outros, como uma ordem de iniciados fora do tempo e do espaço”.<ref>Claude Bragdon, Introductrion, em ''Altai Himalaya: A Travel Diary'', de Nicholas | Não é fácil descrever o estilo artístico de Roerich porque, segundo Claude Bragdon, ele pertence a uma seleta fraternidade de artistas – que inclui da Vinci, Rembrandt, Blake e, na música, Beethoven – cujas obras apresentam “uma qualidade única, profunda e mística, que os diferencia dos seus contemporâneos, tornando impossível classificá-los em qualquer categoria conhecida, ou vinculá-los a qualquer escola, visto serem figuras únicas que se assemelham a si mesmas – e uns aos outros, como uma ordem de iniciados fora do tempo e do espaço”.<ref>Claude Bragdon, Introductrion, em ''Altai Himalaya: A Travel Diary'', de Nicholas Roerich (Brookfield, Conn. : Arun Press, 1929), p. xix.</ref> | ||
== Jornada ao Oriente == | == Jornada ao Oriente == |
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