Melchizedek/pt: Difference between revisions

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O Encontro de Abraão e Melquisedeque, Peter Paul Rubens (c. 1625)

Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo, é um antigo membro do sacerdócio do fogo sagrado que conhecemos como Ordem de Melquisedeque. Esse sacerdócio é antiquíssimo, remontando a outros sistemas estelares. É um sacerdócio do sétimo raio que combina a religião perfeita com a ciência perfeita. Os sacerdotes que integram essa Ordem precisam ser cientistas e ter aperfeiçoado o caminho da luz de Deus nos seus templos.

O registro bíblico

Na primeira referência que faz a Melquisedeque, a Bíblia fala do sacerdote do Deus Altíssimo que se encontrou com Abraão e o abençoou quando este retornou da matança dos reis e lhe deu uma décima parte dos despojos. Melquisedeque serviu pão e vinho a Abraão, o primeiro registro que temos de alguém servindo a sagrada comunhão. Melquisedeque é uma importante figura de luz, um Guru de gurus. Ele foi o maior iniciado e adepto do Antigo Testamento e ascendeu no final daquela encarnação.

No capítulo 7 do Livro de Hebreus podemos ler:

Este Melquisedeque, rei de Salém, sumo-sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão quando este regressava da matança dos reis, e o abençoou; para quem Abraão separou o dízimo de tudo; e primeiramente é, por interpretação, rei de justiça, e depois também rei de Salém, ou seja, rei de paz. Sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.

Em hebraico, o nome Melquisedeque significa “rei de justiça”, portanto, ele é um rei justo que multiplica a Lei de Deus usando-a e executando-a corretamente. Também significa ser rei por direito e pela mestria. Melquisedeque também tinha o título de rei de Salém, que é rei de Jerusalém, a Cidade Santa. A palavra rei, (em inglês, king) significa “chave para a encarnação de Deus (em inglês, key to the incarnation of God)”. Assim, com o cetro da sua autoridade e da sua mestria, Melquisedeque tem a chave para a nossa encarnação de Deus na Cidade Santa, na Nova Jerusalém.

O Senhor Ling explica a descrição de Melquisedeque como “sem pai e sem mãe”:

Mas está escrito que, no momento certo, pelo poder da Palavra falada emitida pelo chakra da garganta, indivíduos espirituais ficarão frente a frente e, proferindo as palavras sagradas, acelerarão pelos raios de luz no poder da semente, o uso adequado das energias sexuais (sagradas) e a ação do caduceu, e produzirão uma forma víva, instantaneamente, na grande luz cósmica, da qual sai um filho de Deus em manifestação radiante.

Desta forma, Melquisedeque nasceu sem pai, sem mãe, sem descendentes, sem princípio de dias e sem fim. E dizeis: “Disseste que ele nasceu sem pai e sem mãe, mas afirmaste também que eles ficaram frente a frente.” Sim, isso é verdade. Mas os que ficaram frente a frente eram como mestres de luz, um Filho e uma Filha de Deus; ele não tinha mãe e pai terrenos, mas tinha mãe e pai divinos. Assim, nesta noite, revelei um dos segredos da Ordem de Melquisedeque.[1]

Abraão e Melquisedeque, afresco do século dezenove

A Ordem de Melquisedeque

No Livro de Hebreus está escrito que Jesus foi “feito sumo-sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque”.[2] Os registros akáshicos revelam que Jesus e Saint Germain estudaram no retiro do Arcanjo Zadkiel, quando estavam encarnados na Atlântida. Ambos completaram as iniciações e o treinamento na Ordem do Sacerdócio de Melquisedeque, antes de o continente afundar. E ao se colocarem diante de Melquisedeque e do grande Arcanjo Zadkiel, este afirmou: “Tu és Sacerdote, eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque”.[3] O treinamento e as iniciações são levadas de encarnação em encarnação. Isso quer dizer que quando nasceu, na última encarnação, Jesus já era sacerdote da Ordem de Melquisedeque.

Um dos símbolos de Melquisedeque é a cruz de Malta formada por quatro letras V, que se encontram no centro da cruz e representam os quatro planos da Matéria. Melquisedeque ensina a mestria nesses quatro planos. Ele está no centro da cruz, no ponto de encontro das linhas de força do Espírito e da Matéria, Alfa e Ômega.

O sacerdócio do Mestre Ascenso Melquisedeque pertence ao sétimo raio e à sétima era. Podemos pedir para sermos membros dessa Ordem. O primeiro passo é fazer decretos de chama violeta. Também podemos escrever uma carta a Jesus, a Melquisedeque e ao Arcanjo Zadkiel, pedindo para sermos treinados no sacerdócio da Ordem. Queimamos a carta e os anjos levam-na para o mundo celestial. Devemos fazer decretos de chama violeta, diariamente, e pedir para, à noite, sermos levados ao retiro do Arcanjo Zadkiel para sermos treinados, enquanto o corpo repousa.

O serviço da Ordem de Melquisedeque hoje

O Arcanjo Zadkiel fala do serviço deste sacerdócio:

Amados, o papel do sacerdócio é guardar a chama da vida no altar do templo, do lar e do coração. O seu chamamento é nunca permitir que a chama da vida se apague. Em primeiro lugar, a chama deve ser mantida pelos seres responsáveis em prol das evoluções planetária e solar. Os sacerdotes são guardiães da chama em prol das almas que evoluem nos diversos degraus da escada da vida, concedendo-lhes a graça, a misericórdia e o ritual do sétimo raio para que consigam descobrir a própria mestria divina, pétala por pétala.

O sacerdote da Ordem de Melquisedeque também é modesto e tem por lema a frase: “É necessário que ele cresça e que eu diminua”.[4]O significado dessa afirmação feita por João Batista é que o sacerdote cede o seu lugar para o que vem depois dele, enquanto ele próprio ascende a um novo nível vibracional. Portanto, ele decreta que o ser que tem condições de receber a sua tocha precisa crescer nessa posição, enquanto ele, o sacerdote que avança, deve diminuir no nível em que se encontra para, por sua vez, crescer no nível seguinte.[5]

Nos dias atuais o Sacerdócio de Melquisedeque mantém-se bastante ativo no mundo. Em um ditado memorável, transmitido em Portland, Oregon (EUA ), em 28 de maio de 1986, Saint Germain anunciou uma dispensação segundo a qual cento e quarenta e quatro mil sacerdotes da Ordem de Melquisedeque formaram uma cruz de Malta de chama violeta sobre a cidade:

Abençoados, o evento que me traz a esta cidade é antigo e recente. O evento antigo, segundo registro aqui no akasha, é um mau uso da luz – em alguns casos, por aqueles que reencarnaram e se mantêm aqui pela oportunidade de equilibrar esse carma e, em outros casos, por aqueles que não foram trazidos de volta à cena desse mau uso.

Amados, como bem sabeis, há muitos corações sinceros nesta cidade e neste estado e eu, com certeza, vos incluo nessa categoria. Por esse motivo, desejo interceder em um perigo que desconheceis, que é o retorno daquele carma, ciclo por ciclo, nesta hora de retorno de carma planetário. A intercessão é invocada por intermédio do conselho do retiro do Senhor Zadkiel e do sacerdócio de Melquisedeque.

Existe um sacerdócio do raio violeta, amados. Por isso, durante a meditação, uma procissão de sacerdotes do fogo sagrado marchou daquele retiro até este local, formando uma cruz-de-malta com os seus corpos de luz. Os quatro braços da cruz, amados, representam a liberação do fogo sagrado na Matéria.

Todos os membros da Ordem desse antigo sacerdócio são mestres ascensos. Há muito alcançaram a vitória que também podeis obter, nesta hora. Eles vêm de templos antigos que existiram antes da profanação dos continentes perdidos, onde conquistaram a integridade do fogo branco e a possibilidade de entrar nele. E vieram para proteger e conceder um imenso fogo de transmutação para que o retorno do carma possa ser mitigado ou totalmente consumido. Esse consumir e esse transmutar devem acontecer no plano físico, por meio da vossa intercessão, pelo recebimento da chama violeta pelas chamas do vosso coração, pela invocação da chama e pelas boas-vindas ao esforço cooperativo dos cento e quarenta e quatro mil sacerdotes da Ordem de Melquisedeque que, nesta noite, formaram essa gigantesca cruz de Malta com os seus corpos.

Fontes

Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Os Mestres e os seus retiros, s.v. “Melquisedeque.”

  1. Senhor Ling, 13 de outubro de 1963.
  2. Hb 6:20.
  3. Hb 5:6.
  4. Jo 3:30.
  5. A rcanjo Zadkiel, The Priesthood of the Order of Melchizedek (O Sacerdócio da Ordem de Melquisedeque), Pérolas de Sabedoria, vol. 29, n° 57, 9 de novembro de 1986.