Hilarion

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Hilarion é o chohan do quinto raio da cura e da verdade. É o hierarca do Templo da Verdade, situado no plano etérico, próximo a Creta, na Grécia.

caption
Estátua de São Paulo, Basílica de São Paulo Fora dos Muros, Roma

Encarnações

Sumo sacerdote no Templo da Verdade

Hilarion foi um sumo sacerdote do Templo da Verdade, na Atlântida, que transportou a chama e os objetos do Templo para a Grécia, pouco antes do afundamento do continente. O foco da Verdade que ele estabeleceu tornou-se o ponto focal dos oráculos de Delfos – mensageiros da Verdade que, por centenas de anos, serviram sob a direção de Palas Atena, até que magos negros entraram na Ordem Délfica e perverteram a Verdade que ali fora implantada. Por esse motivo, a Fraternidade deixou de servir a humanidade encarnada, pois as pessoas não conseguiam distinguir a Verdade do erro.

São Paulo

 
São Paulo Pregando em Atenas, de Raphael (1515)

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Mais tarde, Hilarion encarnou como Saulo de Tarso, que se tornou o apóstolo Paulo. Hilarion recorda o encontro que teve com o Cristo, naquela encarnação:

Nós o chamávamos de Jesus, o Cristo, e éramos chamados por ele, assim como também vós sois chamados neste dia. Lembro as memórias de quando veio até mim, enchendo-me de poder com a sua Palavra. Mas, primeiro, humilhou-me na estrada para Damasco, humilhação de que eu tanto necessitava para poder render-me à minha chama Crística, à chama que ele me revelou, como também me deu a chave para meditar nessa chama e, assim, seguir as suas pegadas no Quinto Raio da ciência, da cura, do apostolado e da pregação da Palavra.

Geralmente, sentia-me como se fosse as mãos, os pés e o coração de

Hércules, lutando contra as espirais negativas e descendentes da Terra, com o seu ateísmo, agnosticismo, orgulho espiritual e rancor contra os profetas e o Santo de Deus, que tinha estado tão recentemente entre nós. No entanto, lembro-me de que fui um deles. Por ter sido tão orgulhoso e tão deliberadamente contrário à vontade de Deus, sempre estará acesa na minha memória a impotência que todos temos como instrumentos de Deus. O grande poder que a Palavra confere manifesta-se, meus amados,

na hora da conversão. Não na hora do chamado, mas na hora da conversão, quando a alma responde com algo de muito profundo. É o fluxo, a doação, a renúncia quando, como Ele disse, ‘dura coisa é recalcitrardes contra os aguilhões’.

A minha alma conhecia-o há muito tempo e trouxe à minha mente exterior a memória do voto interior. Não era a primeira vez que eu via o Senhor Cristo. Eu vira-o antes de encarnar e, ainda assim, tive de lidar com o orgulho, esse carma do Quinto Raio, de aprender muito, estudar muito e de sentir-me social e intelectualmente superior aos primeiros cristãos. Foi o meu próprio carma que desceu sobre mim e me fez resistir ao chamado.[1]

Quando viajei pela estrada para Damasco, o meu Senhor seguiu-me. Sim, amados, eu estava cego, não pela luz dele, mas pelo meu pecado e pela alquimia da sua luz que penetrava os registros de pecado no meu ser. E, convertido pelo Espírito do Senhor, na plena manifestação de Jesus Cristo sobre mim, refiz o meu rumo”.[2]

Depois de se converter ao Cristo, Paulo manteve-se isolado, num deserto árabe, por um certo tempo. Em Gálatas 1:16-18, há um registro seu que diz: “não consultei carne nem sangue, nem subi a Jerusalém para estar com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para a Arábia, e voltei outra vez a Damasco. Depois, passados três anos, subi a Jerusalém”.

Analistas sempre especularam sobre as atividades de Paulo, durante a sua estada no deserto. Hilarion explicou que Jesus o levou, “junto com outros indivíduos, para o seu retiro sobre a Terra Santa e a Arábia. Ali fiquei e fui ensinado por ele. Nisso se resumiu a minha meditação com Jesus, levado como fora, nos meus quatro corpos inferiores e treinado diretamente de coração para coração”.[3]

Por ter consentido no apedrejamento de Santo Estevão – o primeiro mártir cristão – perseguido e matado os cristãos de maneira ativa, Paulo não ascendeu no final daquela vida. Tirar a vida de alguém numa encarnação, requer frequentemente outra encarnação para equilibrar o carma contraído.

O Mestre Ascenso Hilarion explicou por que precisou encarnar, uma vez mais, antes de ascender:

Não vos esqueçais que nós, os apóstolos do Cristo, viemos sob a dispensação da Lei que exigia que uma pessoa equilibrasse 100% do carma, antes de a alma fazer a ascensão na luz.[4] Por isso, fui obrigado a reparar os pecados que cometi antes de receber o meu Senhor na vida como Paulo e na seguinte, como Santo Hilarião.[5]

Santo Hilarião

 
Santo Hilarião

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E Jesus, que promoveu Paulo para ser seu apóstolo, patrocinou a sua encarnação final, como Santo Hilarião (c. 290 a 372 d.C.), o fundador do monasticismo, na Palestina.

Hilarion passou vinte anos no deserto, preparando-se para a sua missão, e só então realizou o primeiro milagre: com Deus atuando por seu intermédio, ele curou uma mulher estéril, dando-lhe condições para que concebesse um filho. Daquele dia em diante, o santo dedicou-se ao ministério da cura.

Invocando o nome de Jesus, Hilarião curou crianças com febre e paralíticos, e expulsou muitos demônios. Multidões juntavam-se ao seu redor para serem curadas de doenças e libertadas de espíritos impuros. As pessoas seguiam-no até mesmo aos lugares mais remotos e desolados. Várias vezes ele tentou esconder-se, mas sempre era encontrado e obrigado a seguir a sua verdadeira vocação, por amor a Jesus.

Jerônimo, cuja biografia do santo nos dá o maior número de informações, registra:

A frequência com que realizava milagres na Sicília atraia multidões de doentes e religiosos. Um dos comandantes locais foi curado de um edema no mesmo dia em que se encontrou com o santo, e ofereceu-lhe uma grande quantidade de presentes. Mas Hilarião obedeceu ao Salvador, dizendo: ‘De graça recebestes; de graça dai’.

Houve uma ocasião em que um terremoto aterrador e o mar ameaçavam destruir a cidade. Segundo Jerônimo, o mar transbordou e “como se Deus ameaçasse enviar outro dilúvio ou tudo estivesse retornando ao caos primordial, os navios foram jogados sobre rochedos íngremes e ali ficaram”.

O povo da cidade, vendo montanhas de água aproximar-se, correu até Hilarião e “como se o conduzissem a uma batalha, levaram-no até à praia. Quando ele desenhou três cruzes na areia e impôs as mãos em direção às águas, estas ergueram-se a uma altura incrível e assim ficaram diante dele, até que, enfurecidas e como que indignadas diante da barreira criada, foram retrocedendo, pouco a pouco”.

No final da vida, o santo do povo – pois o povo o considerava propriedade sua – retirou-se para um local bastante remoto, em Chipre, convencido de que ninguém o encontraria. O local era até um pouco mal-assombrado o que o fez pensar que as pessoas teriam medo de se aproximar. Mas, um paralítico arrastou-se até lá, descobriu Hilarião, foi curado e espalhou a notícia.

O santo terminou os seus dias naquele vale, sempre recebendo as muitas pessoas que iam vê-lo. Depois da sua morte, os seus seguidores enterraram-no ali, como ele desejara. Mas, passados alguns meses, o seu discípulo mais próximo, Esíquio, desenterrou-o, em segredo, e levou o corpo para a Palestina.

O Mestre Ascenso Hilarion compartilhou conosco uma revelação que lhe foi feita, na sua última encarnação física na Terra, quando foi o grande curador e eremita que vivia nos desertos da Palestina e de Chipre. Ele disse:

EU SOU Hilarion! Caminhei por lugares desertos! Busquei refúgio no deserto da vida, mas as multidões seguiram-me. Vinham em busca da fonte curativa, vinham pelo amor. Mesmo que eu me isolasse, eles seguiam-me. E o Senhor explicou-me que o dom da Verdade e da cura existe apenas para ser compartilhado, para ser doado”.[6]

Hilarion tinha um extraordinário dom de cura. Os grandes curadores da humanidade, que conseguem levar as almas ao ponto de resolução e de plenitude, com o toque das mãos ou ao simples comando: “Sê curado”, são enviados por Deus. O que identifica o verdadeiro curador é que ele caminha à sombra da poderosa Presença do EU SOU, é humilde perante Deus e o homem, e confere a Deus toda a glória do trabalho que Ele realiza por seu intermédio, sabendo que é apenas um instrumento do Espírito Santo. Esses santos de Deus são modestos e nem sempre revelam que têm o dom da cura.

A missão de Hilarião hoje

A melodia “Avante, Soldados Cristãos” pode ser executada para atrair a radiação de Hilarion. Com ela é possível sentir o mesmo fervor e dedicação que fizeram com que o apóstolo Paulo inspirasse os primeiros cristãos a estabelecer a Igreja do Cristo, na Ásia Menor e, por fim, em todo o mundo. Com as palavras a seguir, ele infunde-nos com a coragem necessária para cumprirmos a nossa missão.

Digo-vos, então, apóstolos do Deus Altíssimo, ponde-vos a caminho! É a mudança dos campos de força, a mudança das botas, que produz um tremor nos joelhos. Peço que vos mantenhais ocupados. Esquerda, direita, esquerda, direita, mais um passo, avante! Descobrireis o que Deus quer que façais. Não há porque vos sentardes e vos maravilhardes! Há trabalho – trabalho na ação do Espírito Santo. A alegria do serviço está na verdadeira fraternidade e na verdadeira comunidade.

Descobri o que Deus vos faria descobrir sobre vós mesmos, se Ele vos mergulhasse no grande fluxo cósmico, no fluxo contínuo do serviço. Descobri o que é o ensinamento, vivenciando-o. E descobri o que reservamos para vós, em Creta, que é nossa tarefa como representantes da Verdade”.[7]

Retiro

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A Fraternidade da Verdade, no retiro de Hilarion, sobre Creta, utiliza a chama da cura, da ciência e da constância ali focalizada. Os seus membros trabalham com as pessoas que se desiludiram com a vida, com a religião e com os que representaram ou interpretaram erroneamente a Verdade e que, por isso, se tornaram ateus, agnósticos ou céticos.

Os Irmãos de Creta também trabalham com os médicos e os cientistas e auxiliam-nos nas suas pesquisas. Podemos invocar Hilarion pedindo a cura e a integridade para a conversão das almas e para que a verdade seja revelada pela mídia.

Ver também

Chohans

Fraternidade da Verdade,

Para uma dispensação especifica de cura de Hilarião, ver raio azul-esmeralda.

Para mais informações

Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Senhores dos Sete Raios (SLB Editora)

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Fontes

Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Os Mestres e os seus retiros, s.v. “Hilarion.”

  1. Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Senhores dos Sete Raios, 2002, p. 335-36 (SLB Editora).
  2. Hilarion, The Revolution of Truth (A Revolução da Verdade), Pérolas de Sabedoria, vol. 36, n° 45, 3 de outubro de 1993.
  3. Hilarion, Preach the Gospel of Salvation in Every Nation! (Pregai o Evangelho da Salvação em Todas as Nações), Pérolas de Sabedoria, vol. 33, n° 39, 7 de outubro de 1990.
  4. Desde a concessão da nova dispensação, no início do século vinte, é possível ascender tendo equilibrado apenas 51% de carma. A porção restante é resgatada em níveis internos, após a ascensão.
  5. Hilarion, The Revolution of Truth (A Revolução da Verdade), Pérolas de Sabedoria, vol. 36, n° 45, 3 de outubro de 1993.
  6. Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Senhores dos Sete Raios, 1986, p. 343 (SLB Editora).
  7. Idem, p. 346.