Paulo Veneziano

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Paulo Veneziano é o chohan do terceiro raio do amor divino e o hierarca do Château de Liberté, retiro que mantém no plano etérico, no sul da França, sobre o rio Ródano.

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Retrato de Paulo Veneziano pintado pela sua chama gêmea, Ruth Hawkins

Paulo patrocina a cultura dos mestres ascensos para esta era e trabalha com todos os que desejam manifestá-la em prol da humanidade. A cultura dos mestres ascensos é a pedra angular da pirâmide da era de ouro; pois eles disseram que é por meio da cultura que a humanidade responderá às verdades espirituais e aos ensinamentos da Grande Fraternidade Branca.

Encarnações

Chefe dos assuntos culturais na Atlântida

Nos tempos da Atlântida, Paulo serviu no governo como chefe de assuntos culturais. Antes de o continente afundar, estabeleceu um foco da chama da liberdade no Peru, que deu impulso à cultura, à beleza e à opulência da civilização inca.

Artista na civilização Inca

Ele encarnou no império inca como um artista que usava tintas que nunca desbotavam (mestria que recuperou na sua encarnação final). A civilização inca floresceu graças ao extraordinário momentum que ele acumulara.

Mestre da arquitetura no Egito

Mais tarde, ele encarnou no Egito como um mestre da arquitetura esotérica, e trabalhou de perto com El Morya, que era nessa altura um mestre pedreiro, durante a construção das pirâmides.

 
Retrato de um Homem, Paolo Veronese (c. 1577), considerado um auto-retrato

Paolo Veronese

Artígo principal: Paolo Veronese

Na sua encarnação final, como Paolo Veronese, foi um dos grandes artistas da escola veneziana do século dezesseis. Nascido Paolo Cagliari, em Verona, Itália, em 1528, o treinamento precoce rendeu-lhe, ainda em tenra idade, renome como pintor talentoso. Aos vinte e cinco anos, foi recebido em Veneza como um mestre da sua arte. O esplendor suntuoso da cidade, as pérolas e as sedas trazidas do Oriente, as suas tapeçarias e brocados elegantes enriqueceram o trabalho do artista, que atingiu o auge da excelência decorativa.

Muito rapidamente as criações de Veronese levaram-no a fazer experimentos surpreendentes com novas cores. Na busca da beleza, libertou-se dos tons castanhos e dos cinzas sombrios dos seus predecessores e adotou a luz vibrante, tornando iridescentes e quase transparentes as suas já graciosas figuras. Desenvolveu tons pastéis luminosos de azul-celeste, coral, pérola, lilás e amarelo-limão que surpreendiam e fascinavam os seus patronos. Paulo adorava as cores fortes e audaciosamente contrastantes, e combinava tonalidades que nunca haviam sido usadas antes: rubi com um verde vívido e aveludado, rosa com esmeralda, água-marinha com violeta.

Como se quisesse ressaltar que a verdadeira beleza dura para sempre, Veronese pesquisou e descobriu uma técnica de preparação de pigmentos que é imbatível no que tange à preservação da pintura. As cores magníficas que criou conservam o brilho até hoje, se comparadas ao teto desbotado da Capela Sistina e aos afrescos de Tiepolo, que estão se deteriorando, embora tenham sido pintados dois séculos mais tarde.

Veronese foi um revolucionário espiritual que combateu as forças anti-vida nas artes. Ele via a beleza como o mais poderoso catalisador da iluminação e dotou de expressões vivas as imagens de Jesus, dos apóstolos e dos santos. Ao associá-las a lugares e coisas facilmente identificáveis, colocou-as ao alcance das pessoas comuns. O mestre transcendeu os tradicionalmente monótonos, inanimados e severos aspectos da arte medieval. As cenas bíblicas, os temas históricos, os festejos e as alegorias que pintou foram executados com alegria e magnificência arrebatadoras.

Paulo ilustrou as etapas das iniciações na senda da Cristicidade e foi prolífico a pintar o martírio dos santos. O seu trabalho mais impressionante é a grande tela Bodas em Caná, que se encontra no museu do Louvre, em Paris, na França. Também são de sua autoria a Tentação de Santo Antônio, A Coroação da Virgem, A Descida da Cruz, A Ceia em Emaús, A Sagrada Família e A Ressurreição de Lázaro, cada uma representando uma importante iniciação da Cristicidade.

 
Festa na Casa de Levi, Paolo Veronese

Em certa ocasião, Paulo foi convocado pelo Tribunal da Inquisição por suspeita de heresia pelas “irreverências” no seu quadro A Última Ceia, que incluía um anão, um papagaio, guardas com armaduras germânicas, cachorros e um bufão. Veronese defendeu veementemente o direito de liberdade de imaginação para o artista. O Tribunal encontrou uma solução sugerindo que a pintura fosse rebatizada como Festa na Casa de Levi.

Em 1588, Paulo contraiu uma febre e morreu dias depois, em 09 de abril. Os filhos e o irmão enterraram-no em S. Sebastiano, e um busto foi colocado sobre o túmulo. Paulo ascendeu do Château de Liberté, em 19 de abril de 1588.

No Château, antes da sua ascensão, o mestre iniciou o seu trabalho mais grandioso, conhecido como “A Santíssima Trindade”. O Pai Celestial é retratado como uma figura majestosa, uma imagem semelhante a Jesus representa o Filho e uma pomba branca impressionante, cuja envergadura beira os três metros, simboliza o Espírito Santo. A tela distingue-se por transmitir as vibrações das duas dimensões em que Paolo tinha muito interesse, a terrena e a celestial, uma vez que o quadro foi terminado após a sua ascensão. Na parte inferior da obra “A Santíssima Trindade”, Paulo escreveu em letras douradas: “O Amor Perfeito Expulsa o Medo”.

Sua missão hoje

Paulo Veneziano foi um ser majestoso com cerca de dois metros de altura, uma bela aparência, olhos azuis profundos e cabelos louros e ondulados. Geralmente, vestia trajes feitos de veludo verde-esmeralda. Por ser originário do planeta Vênus, onde os habitantes são mestres da Chama e, portanto, irradiam harmonia e amor divinos, a herança natural de Paulo é a beleza e a graça, a diplomacia e o tato. Paulo tem uma voz melodiosa e suave que consola e transmite paz a todos que entram em contato com a sua Presença.

O Mestre Ascenso Paulo Veneziano é um grande instrutor da senda do amor. Ele devota-se à beleza e à perfeição da alma por meio da compaixão, da paciência, da compreensão, da autodisciplina e do desenvolvimento das faculdades intuitivas e criativas do coração, pela alquimia do sacrifício pessoal, do altruísmo e da renúncia. Ele inicia o chakra do coração e treina-nos no dom do discernimento dos espíritos – discernindo o bem do mal, a luz das trevas, e as delicadas nuances de tudo o que criamos e que é belo. O discernimento é uma sensibilidade interior real que temos uns para com os outros.

Retiros

Artígo principal: Château de Liberté

Artígo principal: Templo do Sol

O retiro de Paulo, o Château de Liberté, tem uma contrapartida física: um castelo que atualmente pertence a uma família francesa. No nível etérico, o retiro tem salas de aula onde se veem pinturas e obras de arte de todos os tipos, de todas as épocas, raças e culturas, e realiza workshops para músicos, escritores, escultores e estudantes de canto. Ali, o mestre apresenta técnicas novas, em todos os campos das artes.

Atualmente, ele dá aulas no Templo do Sol, o retiro etérico da Deusa da Liberdade, que se encontra sobre a ilha de Manhattan, em Nova York, (EUA). Esse é o retiro etérico da Mãe espiritual de Paulo, a Deusa da Liberdade – o ser cósmico por detrás da estátua, assim denominada por identificar-se inteiramente com a consciência divina da liberdade. Foi ela quem, pela primeira vez, entronizou a chama da liberdade na Terra e que, pouco antes do afundamento da Atlântida, a transportou do Templo do Sol, que se encontrava no plano físico, para o Château de Liberté.

Transferência da Chama da Liberdade de seu retiro

Foi a Deusa da Liberdade que inspirou a ideia da Estátua da Liberdade como um presente do povo da França para o povo dos Estados Unidos, e que foi inaugurada em Bedloe Island, em 28 de outubro de 1886. Símbolo da amizade entre os dois países, ela é um dos pilares do arco da liberdade que vai do Château de Liberté até ao Templo do Sol, para que os descendentes da Atlântida, reencarnados nos portais Oriental e Ocidental (França e Estados Unidos) ergam bem alto a sua tocha, até que a cultura da liberdade se manifeste, uma vez mais, em uma era de ouro edificada sobre a chama trina equilibrada e expandida no coração dos povos dessas nações irmãs que amam a liberdade.

 
O Monumento de Washington

Setenta e seis anos mais tarde, em um ditado transmitido em Washington, D.C. (EUA), em 30 de setembro de 1962, o Mestre Ascenso K-17 anunciou a concessão de outra dádiva da França para a América, dessa vez de Paulo Veneziano:

Houve uma reunião maravilhosa e extraordinária no retiro de Chananda, na Índia, e o amado Paulo Veneziano decidiu transferir do seu retiro na França, hoje, às onze horas do vosso horário, a plena pulsação da poderosa chama da liberdade.

A chama ficará para sempre no campo de força do Monumento de Washington. As pulsações da chama da liberdade têm por objetivo agraciar o coração da América como uma dádiva da Fraternidade e do coração do amado Paulo Veneziano.

Ela foi dada como um tesouro do coração da França, do governo espiritual da França para o governo espiritual da América. A chama da liberdade é uma dádiva de maior magnitude do que aquela que a França ofereceu anteriormente, a Estátua da Liberdade, um tributo ao grande ser que é a Deusa da Liberdade. A dádiva atual é incomparável, uma vez que a chama deve penetrar a estrutura do monumento, elevando-se bem alto na atmosfera. Todos que visitarem o local, mesmo sem sabê-lo, serão impregnados pelas pulsações da chama da liberdade, no coração da América.

Estudar com Paulo Veneziano

 
A Regra de Ouro, de Norman Rockwell. Capa da revista Saturday Evening Post, 1 de abril de 1961.

A humanidade encarnada, que atua no campo das artes, frequenta os retiros de Paulo Veneziano para receber instruções sobre todas as artes e, por meio do seu trabalho, aprende a equilibrar e a expandir a chama trina no coração. Paulo explica que o propósito da arte é intensificar sempre o amor do Cristo.

O pintor e ilustrador americano Norman Rockwell (1894-1978) foi um dos que estudaram no retiro de Paulo Veneziano. Ele fala sobre como o instruiu:

Lembro-me de quando Norman Rockwell veio até mim, em níveis internos, para estudar no meu retiro etérico. Recordo-me de tê-lo aconselhado a mostrar o Cristo no povo americano, nas cenas cotidianas de humor, reverência, admiração, união e heroísmo. Tudo isso tem sido valorizado, lembrado e bastante apreciado porque algo do espírito da imagem do Cristo, que se tornou uma imagem da América, deve-se ao seu trabalho.

Rockewell foi um artista singular, devotado às qualidades inerentes do indivíduo e à sua identidade. Conforme a sua percepção do Cristo, ele também capturava momentos únicos nas suas pinturas. Podeis examinar o seu trabalho e descobrireis, em cada pintura, o lampejo, grandioso ou fraco, de algum aspecto do indivíduo tentando alcançar o Eu Superior”.[1]

O amado Mestre Paulo prometeu uma importante iniciação aos que baterem à porta do seu retiro, no sul da França, e estiverem prontos para receber um incremento da chama do amor:

Levar-vos-ei pela mão e mostrar-vos-ei o meu castelo. Mostrar-vos-ei obras criadas por chelas ascensos e não ascensos. Juntos, visitaremos muitas salas e, por último, vou levar-vos até à sala onde há uma moldura pendurada. Em muitos casos, a moldura está vazia; em outros, vereis um quadro. Essa moldura é vossa; é a moldura da vossa identidade, que espera que manifesteis o talento da vossa alma. E, se a moldura estiver vazia, desejareis preenchê-la.

Em seguida, levar-vos-ei ao “Ateliê” onde podereis trabalhar com outros artesãos que estão aprendendo a arte do amor vivente, por meio da disciplina da mão e a da expressão, para traçar a imagem da própria perfeição Crística. E, quando chegardes ao melhor que podeis oferecer, ela será colocada na vossa moldura.

Quando estiverdes novamente diante da moldura, depois de meses de purgação e autopurificação, com certeza direis: ‘Amado Paulo, conceder-me-ias mais uma oportunidade para eu expressar a minha Cristicidade, desenhar a minha própria imagem? Percebi um novo aspecto dela e gostaria de acrescentá-lo – uma oferta melhor – à minha moldura’. E, claro, a oportunidade ser-vos-á concedida”.373 [2]

O propósito da arte

O Mestre Ascenso Paulo Veneziano diz:

EU SOU Paulo Veneziano. Pinto telas nos éteres. Entalho o cristal, e esculpo e moldo o barro. Nas oitavas superiores, modelo todas as coisas físicas e muitas substâncias que não conheceis. Com que propósito? Com o propósito de mostrar uma imagem mais reveladora e refinada do Cristo – o Cristo surgindo nas crianças, nas pessoas de todas as classes sociais.

Será de admirar deplorarmos uma arte caótica e abstrata, que não possui pontos de unidade? Ela também retrata certa aridez e a ausência do ponto de luz no indivíduo. É possível ver a anarquia onde não há dimensão – uma ausência de harmonia ou de focalização na arte moderna.

A arte moderna penetra no subconsciente. Da mesma forma, seja o artista influenciado, ou não, pela maconha e por outras substâncias, a arte retratada nos tecidos, no papel de parede e nas roupas torna-se uma matriz capaz ou incapaz de conter alguma medida de proporção Crística. Quando a arte do povo e o senso de arte oscilam, as imagens do Cristo desaparecem.

Na época atual, é raro encontrar uma obra de arte que tenha tido origem na oitava etérica. Onde os vossos líderes aprenderão a lidar com os invasores das mentes das nações? Aprenderão nas salas de aula etéricas, nas cidades e nos retiros etéricos. Como chegarão lá, se não possuem o cristal que se transformará num magneto e numa estrela-guia para a alma quando esta deixar o corpo, nas horas de sono?

A menos que anjos e devotos de luz os acompanhem, eles não terão novas ideias, nenhuns meios de resolução. Sem a harmonia interna, que é filha do amor perfeito, não haverá solução para o terrorismo internacional ou para a ameaça de uma guerra nuclear. E enquanto o aborto me parece ser o ato supremo da anti-arte, ele gera uma frieza que, ano a ano, reduz a sensibilidade para com a arte dos anjos e a arte de Deus, que moldou a imagem perfeita a partir da qual fostes esculpidos no barro.

Amados, em meio às mais tensas circunstâncias internacionais, deveis recolher-vos para contemplar a beleza divina e ouvir a música das esferas, com o objetivo de lembrar que os tijolos da criação são sólidos e criam um padrão de harmonia divina que pode ser retratado na arquitetura, na vida e nos utensílios domésticos usados diariamente, como na cerâmica. Os objetos que usais e dos quais vos cercais tornam-se focos para o fluxo da atenção.

A arte não costuma ser assunto das nossas preleções, pois existem necessidades prementes para a vitória de Saint Germain. Nesta hora, trago o meu ingrediente de amor como oferta à criança Crística, ao ser amado a quem tanto desejei pintar com plena consciência, e o fiz, da melhor forma possível na oitava etérica”.[3]

Sua chama gêmea

A chama gêmea de Paulo Veneziano é a Mestra Ascensa Ruth Hawkins, a Deusa da Beleza. Ela ascendeu em 1995, aos oitenta e oito anos e, com ele, serve no Templo do Sol.

Podemos pedir a Paulo Veneziano que nos ajude a desenvolver o chakra e a chama trina do coração, e a imagem da consciência Crística na nossa vida. Peçamos-lhe que patrocine a verdadeira arte da era de Aquário e que sobreponha a sua presença a todos os tipos de artistas, ajudando-os a manifestar a consciência do Cristo.

A nota-chave de Paulo Veneziano é a música “I Love You Truly”, de Carrie Jacobs-Bond.

Ver também

Ruth Hawkins

Chohans

Château de Liberté

Para mais informações

Para mais informações sobre os ensinamentos de Paulo Veneziano, ver os capítulos dedicados a ele no livro Senhores dos Sete Raios.

Fontes

Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Os Mestres e os seus retiros, s.v. “Paulo Veneziano.”

  1. Paulo Veneziano, The Art of Love (A Arte do Amor), Pérolas de Sabedoria, vol. 27, n° 3, 15 de janeiro de 1984.
  2. Mark L. Prophet e Elizabeth clare Prophet, Senhores dos Sete Raios, SLB Editora, 2003, p. 227-28.
  3. Paulo Veneziano, The Art of Love (A Arte do Amor), Pérolas de Sabedoria, vol. 27, n° 3, 15 de janeiro de 1984.