Saint Germain

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Saint Germain é o chohan do sétimo raio. Juntamente com a sua chama gêmea, a Mestra Ascensa Pórcia, Deusa da Justiça, é o hierarca da era de Aquário. Ele também é o grande patrocinador da chama da liberdade, enquanto Pórcia patrocina a chama da justiça.

O Mestre Ascenso Saint Germain

Saint Germain é conhecido como um diplomata que expressa as qualidades divinas da dignidade, da graça, da cortesia, do equilíbrio, e de verdadeiro estadista, por intermédio de todos que invocarem o sétimo raio. Ele é um membro da Casa de Rakoczy, fundada pelo Grande Diretor Divino, em cuja mansão na Transilvânia, a chama violeta da liberdade está atualmente entronizada.

O nome Saint Germain deriva do latim Sanctus Germanus, que significa simplesmente “Santo Irmão”.

Sua missão

Cada ciclo de dois mil anos relaciona-se a um raio específico. Jesus, chohan do sexto raio, ocupou o cargo de hierarca da era durante os últimos dois mil anos. Em 1º de maio de 1954, Saint Germain e Pórcia foram coroados diretores do ciclo do sétimo raio que se aproxima. Liberdade e justiça são o yin e o yang do sétimo raio de Aquário e, juntamente com a misericórdia, são a fundação para os demais atributos de Deus, que devem manifestar-se na sétima dispensação.

Saint Germain e Pórcia transmitem ao povo de Deus a dispensação para a sétima era e para o sétimo raio – o raio violeta da liberdade, da justiça, da misericórdia, da alquimia e do ritual sagrado – uma nova onda de vida, uma nova civilização, uma nova energia.

Como chohan, ou senhor, do sétimo raio, Saint Germain inicia as almas na ciência e no ritual da transmutação com a chama violeta. Ele é o sétimo anjo profetizado no Livro do Apocalipse (10:7), que vem patrocinar a conclusão do mistério de Deus, “como anunciou aos profetas, seus servos”.

Saint Germain diz:

Sou um ser ascenso, mas nem sempre foi assim. Não uma ou duas vezes, mas em muitas encarnaçõe, caminhei pela Terra como fazeis agora, confinado à estrutura mortal e às limitações da existência dimensional. Estive na Lemúria e na Atlântida. Vi civilizações erguerem-se e caírem. Vi consciências oscilarem quando a humanidade passava dos ciclos das eras de ouro para os das sociedades primitivas. Vi a humanidade fazer escolhas erradas e, com isso, desperdiçar a energia de centenas de milhares de anos de avanços científicos e até mesmo de graus de consciência cósmica que transcendem o que membros das religiões mais evoluídas já alcançaram.

Sim, considerei as opções e fiz escolhas. Com as escolhas corretas, homens e mulheres estabelecem a sua posição na hierarquia. Quando escolhi ser livre na magnificente vontade de Deus, libertei-me do ciclo mortal das encarnações e de justificativas de uma existência separada do Um. Conquistei a minha liberdade com aquela chama, a nota-chave do ciclo de Aquário registrada pelos antigos alquimistas, o elixir púrpura que os santos carregam...

Sois mortais. Eu sou imortal. A única diferença que há entre nós é que escolhi ser livre, e vós ainda precisais fazer essa escolha. Temos o mesmo potencial, os mesmos recursos, a mesma conexão com o Um. Eu optei por forjar uma identidade divina, porque, há muito tempo, uma voz tênue dentro de mim pronunciou o fiat de Alfa e do Deus vivente: “Filhos do Um, forjai a vossa identidade divina!” Ouvi o chamado, na calada da noite, e respondi: “Forjarei!” E quando disse, “Forjarei!”, todo o cosmo ecoou “Forjarei!” A vontade de ser convoca a vastidão do potencial do ser.

EU SOU Saint Germain e venho para reivindicar as vossas almas e as chamas do vosso coração para a vitória da era de Aquário. Eu estabeleci o padrão para a iniciação da vossa alma. Estou na senda da liberdade. Trilhai esta senda e ali me encontrareis. Serei o vosso instrutor, se me aceitardes.[1]

Encarnações

Regente de uma era de ouro na Atlântida

Artígo principal: Era de ouro no deserto do Saara

Mais de cinquenta mil anos atrás, Saint Germain foi o governante de uma civilização de ouro em um país fértil situado onde hoje se encontra o deserto do Saara. O governante era um mestre da antiga sabedoria e do conhecimento das esferas da Matéria, e as pessoas olhavam-no como modelo para a própria Divindade emergente. O seu império atingiu um ápice de beleza, de simetria e de perfeição, sem precedentes na oitava física.

Como o povo dessa civilização começou a interessar-se mais pelos prazeres dos sentidos do que pelo plano maior do Grande Eu Divino, um conselho cósmico instruiu o governante a deixar o império, pois dali em diante, o carma seria o guru do povo. O rei promoveu um grande banquete para os conselheiros e os servidores públicos. Os seus 576 convidados receberam um copo de cristal cheio de um elixir, que era uma “essência eletrônica pura”.

O elixir era um presente de Saint Germain, que protegeria as almas, de modo que, quando chegasse de novo a sua oportunidade na era de Aquário para trazer de volta essa civilização de ouro, elas conseguissem lembrar-se da sua Presença do EU SOU e tornarem-se um sinal para todos de que Deus pode viver e viverá com o Seu povo, quando as pessoas fizerem da sua mente e do seu coração uma habitação adequada para o Seu Espírito.

Durante o banquete, um mestre cósmico, identificado apenas pela palavra Vitória em sua testa, dirigiu-se à assembleia e falou sobre a crise que o próprio povo atraíra para si pela sua falta de fé. Repreendeu-os por terem negligenciado a Grande Fonte Divina, e profetizou que o império cairia nas mãos de um príncipe estrangeiro, interessado em se casar com a filha do rei. Sete dias depois, o rei e a sua família retiraram-se para a cidade dourada, que era a contrapartida etérica daquela civilização. O príncipe chegou no dia seguinte e assumiu o poder sem nenhuma resistência.

Sumo-sacerdote na Atlântida

Há treze mil anos, como sumo-sacerdote do Templo da Chama Violeta, no continente da Atlântida, Saint Germain, pelas suas invocações e pelo seu corpo causal, sustentou um pilar de fogo, uma fonte verdadeira da cantante chama violeta, que magnetizava as pessoas que vinham de perto e de longe para serem libertadas de todas as condições que lhes aprisionavam o corpo, a mente e a alma. Elas conseguiam-no por mérito próprio, oferecendo invocações e praticando rituais do sétimo raio ao fogo sagrado.

Os oficiantes do Templo da Chama Violeta eram treinados no sacerdócio universal da Ordem de Melquisedeque, no retiro do Senhor Zadkiel, o Templo da Purificação, situado onde atualmente está a ilha de Cuba. Esse sacerdócio combina a religião perfeita com a ciência perfeita. Foi ali que Saint Germain e Jesus foram ungidos pelo próprio Zadkiel: “Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque”.

Antes do afundamento da Atlântida, enquanto Noé ainda construía a arca e advertia as pessoas sobre o Dilúvio que estava par vir, o Grande Diretor Divino convocou Saint Germain e alguns sacerdotes fiéis para levar a chama da liberdade do Templo da Purificação para um lugar seguro, no sopé dos Cárpatos, na Transilvânia. Ali, realizaram o ritual sagrado para que os fogos da liberdade se expandissem, mesmo enquanto o carma da humanidade era cobrado por decreto divino.

Em encarnações seguintes, Saint Germain e os seus seguidores, sob a orientação do Grande Diretor Divino, redescobriram a chama e continuaram a proteger o santuário. Mais tarde, o Grande Diretor Divino, auxiliado pelo seu discípulo, estabeleceu um retiro no local onde a chama se encontrava e fundou a Casa de Rakoczy, a casa real da Hungria.

 
"Samuel Relacionando a Eli os Julgamentos de Deus sobre a Casa de Eli", John Singleton Copley (1780)
File:Unción de David por Samuel, de Antonio González Velázquez (Real Academia de Bellas Artes de San Fernando).JPG
Samuel ungindo David, de Velázquez

O profeta Samuel

No século onze a.C., Saint Germain encarnou como o profeta Samuel, proeminente líder religioso que, em época de grande apostasia, atuou como o último juiz de Israel e o primeiro dos seus profetas. Naqueles dias, os juízes não arbitravam apenas disputas, eram líderes carismáticos que, acreditava-se, tinham contato direto com Deus e podiam reunir as tribos de Israel contra os opressores.

Samuel foi o mensageiro da libertação divina da semente de Abraão da escravidão dos sacerdotes corruptos, dos filhos de Eli e dos filisteus que tinham massacrado os israelitas na batalha. Ele é tradicionalmente nomeado ao lado de Moisés como um grande intercessor. Quando a nação enfrentava ameaças constantes dos filisteus, Samuel conduziu corajosamente o povo a um renascimento espiritual, exortando-o a “de todo o coração se converter ao SENHOR e a rechaçar os deuses estranhos”.[2] O povo arrependeu-se e implorou Samuel que não cessasse de clamar ao SENHOR para salvá-los. Enquanto ele orava e oferecia sacrifícios, começou uma tempestade violenta que permitiu aos israelitas derrotarem os seus inimigos. Nos dias de Samuel, os filisteus nunca se recuperaram.

O profeta passou o resto da sua vida administrando justiça por toda a nação. Quando envelheceu, designou os seus filhos para serem juízes em Israel, mas eles eram corruptos e o povo disse: “constitui-nos, agora um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as nações”.[3] Desgostoso, Samuel orou ao Senhor e recebeu a orientação de atender ao pedido do povo: “Não rejeitaram a ti, mas a mim, para eu não reinar sobre eles”.[4]

Samuel advertiu os israelitas dos perigos que adviriam com os governantes, mas, mesmo assim, clamaram por um rei. Então Samuel ungiu Saul como líder e ordenou, tanto ao rei como ao povo, que obedecessem sempre à voz do SENHOR. Mas, quando Saul provou ser um servidor infiel, Samuel pronunciou sobre ele o juízo do SENHOR pela sua desobediência e, secretamente, ungiu David como rei. Quando morreu, o profeta foi enterrado em Ramá. Todos os israelitas lamentaram a sua morte.

São José

Artígo principal: São José

Saint Germain também encarnou como São José, pai de Jesus e esposo de Maria. Existem poucas referências a ele no Novo Testamento. A Bíblia remonta a sua linhagem até David. Relata, também, que quando o anjo do Senhor o avisou, em sonho, que Herodes planejava matar Jesus, ele fugiu com a família para o Egito. O retorno deles ocorreu somente após a morte de Herodes. Acredita-se que José tenha sido carpinteiro e que faleceu antes de Jesus iniciar o seu ministério público. A igreja católica reverencia São José como Patrono da Igreja Universal e a sua festa é celebrada no dia 19 de março.


 
Santo Albano, vitral na Igreja de Todos os Santos de Evesham

Santo Albano

No final do século três, Saint Germain encarnou como Santo Albano, o primeiro mártir britânico. Albano viveu na Inglaterra durante a perseguição aos cristãos, no reinado do imperador romano Diocleciano. Ele era um pagão, que tinha servido no exército romano e se estabelecera na cidade de Verulamium, mais tarde renomeada “St. Albans”. Albano escondeu um clérigo cristão, fugitivo, de nome Amphibalus, que acabou por convertê-lo. Quando soldados foram no encalço do fugitivo, Albano facilitou-lhe a fuga e apresentou-se no lugar dele, usando um hábito clerical.

Quando a verdade veio à tona, Albano foi açoitado e condenado à morte. Segundo a lenda, a multidão que se reuniu para testemunhar a execução era tal que as pessoas não conseguiam atravessar a ponte estreita que havia no caminho. Albano orou e o rio abriu-se para dar passagem à multidão. Ao ver isso, o carrasco converteu-se e pediu para morrer no lugar do condenado. O pedido foi negado e ele foi decapitado, juntamente com Albano.

Albano é reverenciado pelo povo das Ilhas desde sua morte em A . D . 303. Como o Reverendo Alban Butler escreve em sua "Vidas dos Padres, Mártires e outros Santos Principais", “Nossa ilha por muitas eras recorreu a Santo Albano como seu glorioso protomártir e poderoso patrono de Deus, e reconheceu muitos grandes favores recebidos de Deus, por sua intercessão”.

Instrutor de Proclus

Saint Germain trabalhou, a partir de planos internos, como Mestre Instrutor dos neoplatônicos e inspirou o filósofo grego Proclus (c. 410–485), o respeitado diretor da Academia de Platão, em Atenas (Grécia). Sob a tutela do mestre, Proclus baseou a sua filosofia no princípio que afirma a existência de apenas uma realidade – o “Um”, que é Deus, ou a Divindade, a meta final de todos os esforços da vida. Os escritos de Proclus abrangiam quase todos os ramos do saber – da filosofia à astronomia, da matemática à gramática. Ele reconhecia que a sua iluminação e filosofia vinham do alto, e considerava-se uma pessoa por cujo intermédio a revelação divina chegava à humanidade.

Under the Master’s tutelage, Proclus based his philosophy upon the principle that there is only one true reality—the “One,” which is God, or the Godhead, the final goal of all life’s efforts. The philosopher said, “Beyond all bodies is the essence of soul, and beyond all souls the intellectual nature, and beyond all intellectual existences the One.”[5]

Proclus’s writings extended to almost every department of learning, from philosophy and astronomy to mathematics and grammar. He acknowledged that his enlightenment and philosophy came from above and he believed himself to be one through whom divine revelation reached mankind.

Proclus acknowledged that his enlightenment and philosophy came from above—indeed he believed himself to be one through whom divine revelation reached mankind. “He did not appear to be without divine inspiration,” his disciple Marinus wrote, “for he produced from his wise mouth words similar to the most thick falling snow; so that his eyes emitted a bright radiance, and the rest of his countenance participated of divine illumination.”[6]

Merlin

Artígo principal: Merlin

No século cinco, Saint Germain encarnou como Merlin – alquimista, profeta e conselheiro da corte do rei Artur. Em uma terra dividida entre chefes belicosos e dilacerada por invasores saxões, Merlin liderou Artur em doze batalhas que, na verdade eram doze iniciações, com a finalidade de unir o reino bretão. Merlin trabalhou ao lado do rei para estabelecer a sagrada irmandade da Távola Redonda. Sob a direção de Merlin e Artur, Camelot foi uma escola de mistérios na qual cavaleiros e damas buscavam o desenvolvimento interior dos mistérios do Santo Graal e uma senda de Cristicidade pessoal.

Em algumas tradições, Merlin é descrito como um sábio piedoso que estudou as estrelas e teve setenta secretários que registraram as suas profecias. As Prophecies of Merlin, muito populares na Idade Média, falam de eventos que iam da época de Artur até um futuro distante.

 
Estátua de Roger Bacon no Museu de História Natural da Universidade de Oxford

Roger Bacon

Artígo principal: Roger Bacon

Saint Germain foi Roger Bacon (1220-1292), filósofo, monge franciscano, reformador da educação e cientista. Em uma era em que a teologia ou a lógica, ou ambas, ditavam os parâmetros da ciência, Bacon promoveu o método experimental, declarou que acreditava que o mundo era redondo e criticou severamente os eruditos e cientistas da época pela sua estreiteza de visão. “O verdadeiro conhecimento não deriva da autoridade dos outros, nem de uma sujeição cega a dogmas antiquados”,[7] disse ele. Eventualmente, Bacon deixou o cargo de palestrante que ocupava na Universidade de Paris e entrou para a Ordem Franciscana dos Frades Menores.

Na sua época, Bacon ficou famoso pelas pesquisas exaustivas que empreendeu na área da alquimia, da óptica, da matemática e das línguas, Ele é considerado o precursor da ciência moderna e um profeta da moderna tecnologia. Ele previu o balão de ar quente, a máquina voadora, os óculos, o telescópio, o microscópio, o elevador, os navios e veículos com propulsão mecânica, e descreveu-os como se realmente os tivesse visto.

A visão científica e filosófica que tinha do mundo, os ataques corajosos que dirigia aos teólogos da época e os estudos que fazia da alquimia e da astrologia renderam-lhe acusações por “heresias e inovações”, que fizeram com que seus companheiros franciscanos o mantivessem encarcerado durante quatorze anos. Mas, para os seus seguidores, Bacon era considerado um “doctor mirabilis” (professor maravilhoso), epíteto pelo qual se tornou conhecido ao longo dos séculos.

 
Retrato póstumo de Cristóvão Colombo de Sebastiano del Piombo (1519)

Cristóvão Colombo

Artígo principal: Cristóvão Colombo

Saint Germain também encarnou como Cristóvão Colombo (1451–1506), o descobridor da América. Mais de dois séculos antes de Colombo levantar âncora, o próprio Roger Bacon preparava o terreno para a viagem ao Novo Mundo ao afirmar, no Opus Majus, que “o oceano entre a extremidade oeste da Espanha e a extremidade leste da Índia pode ser navegado em poucos dias, se o vento for favorável”.[8] Apesar da afirmação não estar correta, visto que a India não fica a oeste da Espanha, ela serviu de instrumento para a descoberta de Colombo. O navegador citou o trecho na carta que enviou aos reis Fernando e Isabel, em 1498, na qual dizia que a viagem que empreendera em 1492 fora inspirada, em parte, por essa afirmação visionária.

Colombo acreditava que Deus fizera dele “um mensageiro do novo céu e da nova terra sobre os quais Ele falou no Apocalipse de São João, depois de também o ter dito pela boca de Isaías.[9] Ao levar adiante esse empreendimento das Índias”, escreveu ele aos reis espanhóis, em 1502: “nem a razão, nem a matemática, nem os mapas tiveram qualquer utilidade para mim; as palavras de Isaías foram totalmente cumpridas”. Ele referia-se à profecia registrada em Isaías 11:10-12, que afirma que o Senhor “tornará a estender a mão para resgatar o restante do seu povo... e ajuntará os desterrados de Israel, e recolherá os dispersos de Judá desde os quatro confins da terra”.[10]

Colombo estava certo de que fora escolhido para a missão por influência divina. Ele estudou os profetas bíblicos e anotou as passagens referentes à sua missão. Estas deram origem a um livro intitulado Las Proficias, ou The Prophecies, ou The Book of Prophecies Concerning the Discovery of the Indies and the Recovery of Jerusalem (O Livro de Profecias Relativo às Índias e à Recuperação de Jerusalem.) Embora o fato seja raramente mencionado, ele está de tal forma enraizado na história que até mesmo a Enciclopédia Britânica atesta, inequivocamente, que Colombo descobriu a América mais pela profecia do que pela astronomia.<ref.>Enciclopédia Britânica, 15ª ed., s.v. Colombo, Cristóvão.</ref.>

 
Francis Bacon, Visconde de Santo Albano, autor desconhecido

Francis Bacon

Artígo principal: Francis Bacon

Como Francis Bacon (1561-1626), foi filósofo, estadista, ensaísta e mestre literário. Considerado a mente mais brilhante que o Ocidente já produziu, Bacon é conhecido como pai do raciocínio indutivo e do método científico que, de certa forma, são grandemente responsáveis pela era tecnológica que vivemos. Ele previu que apenas a ciência aplicada poderia libertar as massas da miséria humana e do trabalho enfadonho pela mera sobrevivência de forma que pudessem buscar a espiritualidade mais elevada que já tinham conhecido.

“A Grande Instauração” (que significa a grande restauração depois da decadência, do erro e da ruína) foi a fórmula que ele idealizou para mudar o “mundo inteiro”. Francis Bacon concebeu esse conceito ainda menino e, mais tarde, em 1607, quando o colocou no livro de mesmo nome, deu início à Renascença inglesa.

Ao longo dos anos, Bacon reuniu ao seu redor um grupo de escritores responsáveis por quase toda a literatura elisabetana. Alguns faziam parte de uma “sociedade secreta” à qual ele dera o nome de “Cavaleiros do Elmo”, cujos propósitos eram contribuir para o avanço do aprendizado, expandindo a língua inglesa, e criando uma nova literatura, escrita em idioma que os ingleses compreendessem, não em latim. Bacon também organizou a tradução da versão King James da Bíblia, para que as pessoas comuns se beneficiassem lendo, elas mesmas, a Palavra de Deus.

Criptogramas descobertos em 1890 nos originais das peças shakesperianas, nos trabalhos de Bacon e de outros autores elisabetanos revelam que Bacon era o autor das obras cuja autoria era atribuída a Shakespeare, e que era filho da Rainha Elizabeth e de Lord Leicester.[11] Temendo perder o poder prematuramente, a mãe se recusara a reconhecê-lo como seu herdeiro.

Bacon foi perseguido até ao final da vida e os seus muitos talentos não foram reconhecidos. Acredita-se que ele tenha morrido em 1626, mas alguns afirmam que viveu secretamente na Europa, depois disso. Triunfando sobre circunstâncias que teriam destruído homens de menor envergadura, a sua alma ascendeu da Mansão Rakoczy, retiro do Grande Diretor Divino, em 1º de maio de 1684.

 
Le Comte de Saint Germain

O Homem Prodigioso da Europa

Artígo principal: O Homem Prodigioso da Europa

Desejoso, sobretudo, de libertar o povo de Deus, Saint Germain pediu e recebeu uma dispensação dos Senhores do Carma e retornou à Terra em um corpo físico. Ele apareceu como “o Conde de Saint Germain”, um cavalheiro “milagroso” que, nos séculos dezoito e dezenove, encantou a corte europeia, onde era chamado “O Homem Prodigioso”.

O Conde era alquimista, erudito, linguista, poeta, músico, artista, contador de histórias e diplomata, admirado pela sua perícia em todas as cortes da Europa. Ficou conhecido por feitos como remover os defeitos de diamantes e de outras pedras preciosas, ou escrever uma carta com uma das mãos e, ao mesmo tempo escrever uma poesia com a outra. Voltaire descreveu-o como “um homem que nunca morre e tudo conhece”.[12] O Conde também é mencionado em cartas de Frederico, o Grande, Voltaire, Horace Walpole, Casanova e nos jornais da época.

Trabalhando nos bastidores, Saint Germain tentou promover uma transição tranquila da monarquia para um governo representativo, e evitar o derramamento de sangue que se deu na Revolução Francesa. Mas o seu conselho foi ignorado. Numa última tentativa de unir a Europa, apoiou Napoleão, que abusou do poder do mestre, usando-o em proveito próprio.

Mas mesmo antes disso, Saint Germain já voltara a sua atenção para o Novo Mundo. Ele foi o mestre patrocinador dos Estados Unidos e do seu primeiro presidente, ao inspirar a Declaração de Independência e a Constituição. Saint Germain também inspirou diversos equipamentos do século vinte que levam por diante o seu objetivo de liberar a humanidade do trabalho pesado para que as pessoas possam devotar-se à busca da realização divina.

Chohan do Sétimo Raio

No final do século dezoito, a Mestra Ascensa Kuan Yin concedeu-lhe o cargo de chohan do sétimo raio, da misericórdia, do perdão e do ritual sagrado. No século vinte, Saint Germain ofereceu-se, uma vez mais, para patrocinar uma organização externa da Grande Fraternidade Branca.

Nos primeiros anos da década de 1930, ele contatou o seu “general de campo”, o reencarnado George Washington, a quem treinou como mensageiro e que, sob o pseudônimo de Godfre Ray King publicou os fundamentos das instruções do Mestre para a Nova Era nos livros Mistérios Desvelados, A Presença Mágica e Discursos do EU SOU. No final da mesma década, a Deusa da Justiça e outros seres cósmicos deixaram o Grande Silêncio para ajudar Saint Germain a divulgar os ensinamentos do fogo sagrado à humanidade e a inaugurar a era de ouro.

Em 1961, Saint Germain contatou o mensageiro Mark L. Prophet, seu representante encarnado, e fundou a Fraternidade dos Guardiães da Chama, em memória do Ancião de Dias e do seu primeiro pupilo, o Senhor Gautama – e do segundo, o Senhor Maitreya. O seu propósito era acelerar todos que tinham vindo originalmente para a Terra com Sanat Kumara – restaurar a memória do antigo voto que haviam feito e da razão de estarem hoje na Terra: servirem como instrutores mundiais e servidores ministrantes nas suas famílias, nas comunidades e nas nações, neste momento crítico da mudança de ciclos.

Saint Germain convocou os guardiães da chama originais a escutar a voz do Ancião de Dias e a responder ao chamado de reconsagrarem a sua vida a reacender a chama da vida e os fogos sagrados da liberdade na alma do povo de Deus. Saint Germain é o Cavaleiro Comendador da Fraternidade dos Guardiães da Chama.

Hierarca da Era de Aquário

Em 1º de maio de 1954, Saint Germain recebeu de Sanat Kumara o cetro de poder e recebeu de Jesus a coroa de autoridade para dirigir a consciência da humanidade neste período de dois mil anos. Isso não significa que a influência do Mestre Ascenso Jesus tenha diminuído. Ao contrário, como Instrutor Mundial no nível ascenso, as suas instruções e a consciência Crística que irradia para toda a humanidade são mais poderosas e penetrantes do que antes, pois é da natureza do Divino transcender-Se continuamente. Vivemos em um universo em expansão – um universo que se expande a partir do centro de cada filho (sol) individualizado de Deus.

Esta dispensação significa que entramos, agora, em um período de dois mil anos no qual, ao invocarmos no nosso ser e no nosso mundo a chama violeta transmutadora, a energia divina que a raça humana qualificou incorretamente durante milhares de anos poderá ser purificada e toda a humanidade libertada do medo, da carência, do pecado, da doença e da morte, e todos possam caminhar na luz como seres divinamente livres.

Neste despontar da era de Aquário, Saint Germain apresentou-se ao Conselho do Carma que lhe concedeu a oportunidade de levar o conhecimento da chama violeta para fora dos retiros internos da Grande Fraternidade Branca e das escolas de mistérios. Saint Germain explica-nos os benefícios da invocação da chama violeta:

Em alguns de vós uma quantidade substancial de carma foi equilibrada; em outros, a dureza de coração dissolveu-se ao redor do chakra do coração. Surgiu um novo amor, uma nova doçura, uma nova compaixão, uma nova sensibilidade para com a vida, uma nova liberdade e uma nova alegria em buscar essa liberdade. Surgiu uma santidade quando contatastes o sacerdócio da Ordem de Melquisedeque, por meio da minha chama. Certos momentuns de ignorância e densidade mental foram dissolvidos, e procurastes uma dieta mais adequada para obter a mestria divina.

A chama violeta ajudou os relacionamentos familiares; deu condições para que alguns equilibrassem antigos carmas e antigas mágoas, e colocou os indivíduos no rumo certo, de acordo com a sua vibração pessoal. É importante lembrar que a chama violeta contém a chama da justiça divina e que na justiça divina está contida a chama do julgamento. Assim, a chama violeta vem sempre como uma espada de dois gumes para separar o Real do irreal.

Abençoados, é impossível enumerar exaustivamente todos os benefícios da chama violeta, mas ocorre, de fato, uma alquimia na personalidade. A chama violeta ataca as discórdias que provocam problemas psicológicos que remontam à primeira infância e às encarnações anteriores, e criaram fissuras tão profundas na consciência que, mesmo no decorrer de muitas vidas, não é possível curá-las.[13]

Alquimia

Artígo principal: [[Special:MyLanguage/Alquimia|{{{2}}}]]

No livro A Alquimia de Saint Germain, o mestre ensina a ciência da alquimia. Ele usa a ametista – a pedra do alquimista da era de Aquário e da chama violeta. As valsas de Strauss contêm a vibração da chama violeta e conseguem colocar-nos em sintonia com o mestre. Ele também afirmou que a “Marcha de Rakoczy”, de Franz Liszt, transmite a chama do seu coração e a fórmula da chama violeta.

Retiros

Artígo principal: Retiro do Royal Teton

Artígo principal: Gruta dos Símbolos

Saint Germain mantém um foco na cidade etérica dourada, sobre o deserto do Saara. Ele também leciona no Retiro do Royal Teton, assim como no seu retiro físico/etérico, a Gruta dos Símbolos, na Table Mountain, Wyoming (EUA). Além disso, trabalha a partir dos focos do Grande Diretor Divino – a Gruta de Luz, na Índia, e a Mansão Rakoczy, na Transilvânia, onde preside como hierarca. Mais recentemente, estabeleceu uma base na América do Sul, no retiro do Deus e da Deusa Meru.

O padrão eletrônico de Saint Germain é a cruz de Malta e a fragrância, a das violetas.

Ver também

Pórcia

Fontes

Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Os Mestres e os seus retiros, s.v. “Saint Germain.”

  1. Saint Germain, I Have Chosen to Be Free (Eu Escolhi Ser Livre), Pérolas de Sabedoria, vol.18, n° 30, 27 de julho de 1975.
  2. Sm 7:3.
  3. Sm 8:5.
  4. Sm 8:7.
  5. Thomas Whittaker, The Neo-Platonists: A Study in the History of Hellenism, 2d ed. (Cambridge: Cambridge University Press, 1928), p. 165.
  6. Victor Cousin and Thomas Taylor, trans., Two Treatises of Proclus, The Platonic Successor (London: n.p., 1833), p. vi.
  7. Henry Thomas e Dana Lee Thomas, Living Biographies of Great Scientists, Garden City, Nova York: Nelson Doubleday, 1941, p. 15.
  8. David Wallechinsky, Amy Wallace e Irving Wallace, The Book of Predictions, Nova York: William Morrow and Co., 1980, p. 346.
  9. Clements R. Markham, Life of Christopher Columbus, (Londres: George Philip and Son, 1892), p. 207-208.
  10. Enciclopédia Britânica, 15ª ed., s.v. Colombo, Cristóvão.
  11. Ver de Virginia Fellows, The Shakespeare Code, 1st Book Library, 2000.
  12. Voltaire, Oeuvres, Lettre cxviii, ed. Beuchot, lviii, p. 360, citado em Isabel Cooper Oakley, O Conde de Saint Germain, Editora Pensamento, 1995, p. 77.
  13. Saint Germain, Keep my Purple Heart (Guardai o meu Coração Purpúreo), Pérolas de Sabedoria, vol.31, n° 72, 29 de outubro de 1988.