Justinius

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Santo Justinius comanda a ordem seráfica de anjos e é conhecido como o Capitão das Hostes Seráficas. Ele serve com Serápis Bey e com as legiões de pureza que estão sob o seu comando. Justinius descreve os anjos da sua ordem como seres ígneos, cujos corpos e asas formam anéis concêntricos ao redor do Grande Sol Central. Eles absorvem a luz do sol espiritual e enviam-na para as evoluções mais longínquas do universo, incluindo a Terra, deixando sempre rastros de nuvens de glória.

Os lábios de Isaías ungidos com fogo, Benjamin West

Relatos sobre o serafim

São Francisco teve a visão de um serafim quando recebeu os estigmas. Em estado de êxtase, ele viu um serafim com seis asas descer do céu. O terceiro livro de Enoque registra que os serafins “são radiantes como o esplendor do trono da glória”.[1]

A única referência bíblica aos serafins está no Livro de Isaías. O profeta teve uma visão do SENHOR sentado em um trono e acima d’Ele estavam os serafins, cada um com seis asas. Clamavam uns aos outros: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”. Um serafim colocou uma brasa viva do altar na boca de Isaías e disse: “a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado”.[2] Essa iniciação preparou Isaías para a sua missão.

O serviço do serafim

Podemos invocar os serafins, a cada dia, para purgarem tudo o que não faz parte da nossa realidade divina. Peçamos-lhes que nos preparem para a nossa missão na vida e trabalhemos com eles, diariamente, até alcançá-la. Devemos considerá-los como camaradas, irmãos e amigos.

Os serafins figuram entre os grandes curadores. Justinius diz que para nos livarmos realmente das doenças, basta invocá-los. “Eles podem liberar o fogo sagrado, purgar, purificar, renovar a corrente sanguínea e conceder-vos a juventude eterna. O único requisito é invocá-los e viver a senda de quem está ascendendo”.[3] Justinius também nos disse: “Invocai os serafins para curar os entes queridos e as pessoas, no mundo inteiro, que sofrem de problemas cardíacos, mentais e anímicos. Invocai-os também, para a cura do planeta e da vida senciente. Pois, como sabeis, o planeta está doente e os seus habitantes sentem dor, consciente e inconsciente, em todos os níveis do ser”.[4]

Sanat Kumara, o Ancião de Dias, explicou que os que têm a chama trina de Deus, e a veneram, têm quatro serafins para comandar, em nome de Jesus. “Enviai-os nas vossas missões. Eles vêm para vos selar e proteger do carma mundial que está a descer”.[5]

Os serafins estão aqui para nos ajudar a alcançar o sucesso derradeiro, que é a reunião com Deus, por meio da ascensão. Justinius pede que consideremos a meta da ascensão e que não a adiemos “para outra vida ou para um futuro indefinido”.[6]A ascensão ocorre quando devolvemos para Deus – na forma de palavras, ações e do fluxo do Espírito Santo – a energia que Ele nos concede. Com a ciência da Palavra falada, é possível atingir esse fluxo, de forma magnífica.

Os serafins são como “raios flamejantes de fogo atravessando a atmosfera... como raios cósmicos, capazes de atravessar a forma física do homem, os seus pensamentos e sentimentos”.[7]Eles são anjos poderosos que têm a qualidade da “penetrabilidade cósmica”, o poder de penetrar a consciência humana mais densa e transmutá-la instantaneamente. E também conseguem absorver as toxinas do corpo, da mente e das emoções, deixando atrás de si um resíduo de pureza.

Justinius explica o trabalho dos seus serafins: “Vimos para deixar-vos puros, limpos e íntegros.” Os serafins

vêm para ministrar à alma. Atravessam o microcosmo e o seu fogo ambém queima a causa das doenças, dos venenos e das toxinas que, há muitos anos, vêm sendo absorvidas dos alimentos, da água, do tabaco e do álcool que a humanidade ingere. Quem, dizei-me, manterá as almas vivas e evoluindo nos templos do corpo senão os anjos que vêm para ministrar, para elevar? Eu digo-vos que a humanidade tem sido poupada, vezes sem conta, das últimas pragas, de todas as formas de caos, distúrbios, desequilíbrios e insanidade, pela simples presença dos anjos.

Agora, escutai: quando eles atravessam a vossa forma, como espíritos de fogo vivente, deixam, por assim dizer, um cartão de identidade. Este é um foco de fogo que colore a aura com a cor do Sol Central e a aura com uma auréola. E, por algum tempo, há um brilho, uma essência, um senso de bem-estar, um calor interno.[8]

A primeira vez que o mundo ouviu falar de Justinius, foi quando ele escreveu as Meditações Seráficas publicadas no Dossiê Sobre a Ascensão, de Serápis Bey. Falando sobre o trabalho das legiões seráficas, Serápis disse:

Não conheço poder maior para ajudar a ascensão na luz do que os efeitos transmutativos da pureza do Cristo Cósmico que as hostes seráficas expressam. No nosso retiro em Luxor, meditar sobre os serafins é uma parte importante da instrução espiritual. O próprio Jesus passou muito tempo comungando com as hostes seráficas. Isso deu-lhe condições de desenvolver o poder superior com o qual conseguia expulsar os demônios e manter o controle do mundo da forma.[9]

Podemos pedir a proteção da armadura de Justinius, capitão das hostes seráficas. Para isso, basta invocar e visualizar, diariamente, o prateado, o platinado e o branco da armadura e do capacete dos serafins e invocar os enormes anéis de fogo eletrônico para que nos circundem e nos selem.

“Réve Angélique” ou “Angel’s Dream”, de Anton Rubinstein, reflete o ritmo musical e as harmonias do centro do nosso cosmos e a ação dos serafins quando formam círculos e fileiras ao redor do Sol Central, focalizando as energias de Deus.

Ver também

Serafim

Fontes

Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Os Mestres e os seus retiros, s.v. “Justinius.”

  1. J. H. Charlesworth, ed., The Old Testament Pseudepigrapha, Garden City, Nova York: Doubleday and Company, 1983-85, 1:281.
  2. Is 6:1-7.
  3. Justinius, Called to God (Chamado para Deus), Pérolas de Sabedoria, vol. 28, n° 22, 2 de junho de 1985.
  4. Justinius, Appeal to the Seraphim: We are Bigger than Life! (Apelai aos Serafins: Somos maiores do que a Vida!), parte 2, Pérolas de Sabedoria, vol. 40, n° 11, 16 de março de 1998.
  5. Sanat Kumara, The Warning (O Aviso), Pérolas de Sabedoria, vol. 31, n° 4, 24 de janeiro de 1988.
  6. Justinius, The Army of the Hosts of the Lord (O Exército das Hostes do Senhor), 6 de março de 1977.
  7. Serápis Bey, Dossiê Sobre a Ascensão, 2001, p. 156-57.
  8. Justinius, “Legions of Purity in Defense of the Mother Flame” (Legiões de Pureza em Defesa da Chama da Mãe) 8 de dezembro de 1974.
  9. Serápis Bey, Dossiê sobre a Ascensão], p. 157-58.