Teosofia
A mestra que conhecemos hoje como Deusa da Sabedoria serviu no Templo da Iluminação, na Atlântida. Mais tarde, no tempo de Jesus, encarnou como Maria de Betânia, irmã de Marta e de Lázaro. Em sua encarnação final, como Mary Baker Eddy (1821-1910), Jesus Cristo, o Mestre Ascenso Hilarion (o apóstolo Paulo) e a Mãe Maria incumbiram-na de revelar alguns aspectos da ciência do conceito imaculado, publicados no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, e em outros textos e palestras publicados com o título Prose Works.
Depois de sua ascensão, Mary Baker Eddy assumiu na hierarquia o cargo de Teosofia, Deusa da Sabedoria, que anteriormente fora ocupado, durante muito tempo, por um ser com grande mestria na focalização do aspecto feminino do raio da sabedoria. Esse ser cósmico prosseguiu no seu serviço quando Mary Baker Eddy assumiu esse posto, e o nome e o título a ele associados.
Sua vida como Mary Baker Eddy
No final do século dezenove, Mary Baker Eddy fundou o movimento da Ciência Cristã. Ela tinha um contato muito intenso com o Sagrado Coração de Jesus por ter estado muito próxima dele na encarnação que teve na Galileia. A senhora Eddy compreendeu e ensinou que as curas de Jesus ilustravam a lei espiritual, que ele era o Filho do homem, que o Cristo era o princípio eterno que ele representava e que Jesus estabeleceu o exemplo que devemos seguir.
Mary Baker Eddy foi um instrumento de cura do Senhor, mas as suas tentativas de definir a religião do Cristo ficaram aquém do poderoso manto de cura que carregava. A cura que fluía por seu intermédio excedia em muito a matriz limitada dos ensinamentos que divulgou. Após a transição, em 1910, ela foi para os templos etéricos nas oitavas de luz, de onde ascendeu, trinta anos depois.
Na sua vida pessoal, Mary Baker Eddy demonstrou ter grande perseverança, tanto para superar uma saúde frágil como para enfrentar processos judiciários, ataques da imprensa e a oposição das religiões estabelecidas. Nos primeiros anos, foi alvo de uma série de processos que suscitaram a controvérsia pública e levantaram questionamentos sobre a sua doutrina, a organização e os seguidores. Alguns processos eram promovidos vingativamente por antigos associados que haviam deixado o Movimento ou por determinação da própria Senhora Eddy, para defender os ensinamentos que divulgava. Embora fosse difamada pela imprensa, ela obteve ganho de causa na maioria dos casos.
Teosofia fala sobre a sua preparação para a missão que cumpriu na encarnação final:
Nos dois mil anos compreendidos entre a época de Maria de Betânia e de Mary Baker Eddy, encarnei diversas vezes. No decorrer desses séculos, passei por iniciações com os santos na Igreja e também no Oriente e, enquanto me preparava para a missão, estudei sob a direção de grandes Luminares.
Amados, estudei sob a orientação de seres que me ensinaram o controle da natureza e das forças naturais e fui abençoada com a graça de Deus, cujos ensinamentos e textos da ciência Cristã curaram muitas pessoas. Isso ocorreu, na verdade, pela graça de Deus e pela minha união com Jesus Cristo.[1]
A ciência do conceito imaculado
Teosofia ensina a aplicação prática da sabedoria do Cristo na vida diária. Ela também ensina sobre cura, integridade e a ciência do conceito imaculado:
Vivi diversas vezes para expor a verdade das eras. Cabe sempre à luz da Teosofia Divina dar às crianças de Deus a percepção da irrealidade da morte. Esse é o fundamento de todo ensinamento da Mãe. Vede, então, que se compreenderdes que a morte não é real também compreendereis que tudo o que leva à morte também não o é.
Compreendei, então, que enxergar por entre a névoa e o maia e entender que apenas Deus é Real é o caminho para vos curardes e manterdes o conceito imaculado para vós mesmos. Mas os caídos que promovem a degradação e a condenação gostariam que acreditásseis na mentira fundamental que diz que a morte é real, porque o pecado que a produz é real.
Precisais ser científicos com a vossa espada da Verdade, pois a Mãe é sempre científica e, assim, os seus filhos aprendem os caminhos da ciência. Infelizmente, adotaram a ciência material e excluíram a espiritual. É por isso que a Mãe precisa aparecer várias vezes, proferir a palavra de Verdade, apontar o caminho e aquele que ensinou: “EU SOU o caminho, a verdade e a vida”. Este mantra abençoado contém o entendimento de que, enquanto luz, Cristo é o caminho: o caminho fora de todo conflito humano, do erro e do que está separado do Real. A verdade do ser é que Deus realmente cura. Deus une a harmonia da consciência e da Matéria. Deus é o grande Espírito de cura, nesta era.[2]
Educação
Teosofia também se preocupa com a educação adequada das crianças:
Venho também a vós com o manto da Mãe Divina, pois encarno a sabedoria e sou chamada de Teosofia. Mas, ocupo o cargo há menos de um século, pois estive encarnada recentemente.
Eu gostaria, certamente, de patrocinar todas as escolas que abrísseis. Poderíeis começar com uma criança, com duas ou três; as vossas; as dos vizinhos; aquelas que vêm de lares onde os pais não deixariam os filhos nas mãos dos que, lenta e imperceptivelmente, manipulariam as suas mentes na direção da senda da mão esquerda, até que, um belo dia, estariam presas nas garras de forças que nem pais, nem professores, conseguiriam desafiar.
Sede gratos por terdes o chamado e um chamado e uma ciênca tão grandes – desenvolvidos e continuados pelos mensageiros, realizados por vós mesmos – pelos quais podeis atrair dos céus uma resposta que ultrapassa, em muito, o que garantistes ou mereceis, com o atual nível de mestria que alcançastes. Esta dispensação foi concedida porque fizestes o chamado, em nome da poderosa Presença do EU SOU e do vosso Santo Cristo Pessoal.[3]
Ver também
Fontes
Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Os Mestres e os seus retiros, s.v. “Teosofia.”
- ↑ Teosofia, Signs of the Soul’s Longing for Christ (Sinais do Anseio da Alma pelo Cristo), Pérolas de Sabedoria, vol. 33, n° 25, 1 de julho de 1990.
- ↑ Teosofia, A Page in the Mother’s Book of Healing (Uma Página no Livro de Cura da Mãe), Parte I, Pérolas de Sabedoria, vol. 20, n° 8, 20 de fevereiro de 1977.
- ↑ Teosofia, Educate the Children! (Educai as Crianças!), Pérolas de Sabedoria, vol. 34, n° 36, 21 de julho de 1991.