Dois Homens Vestidos de Branco

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A ascensão de Jesus, John Singleton Copley (1775). Os dois homens que estavam ao lado de Jesus quando ele ascendeu são representados aqui como anjos.

Os Dois Homens Vestidos de Branco são mencionados no Novo Testamento por terem estado ao lado de Jesus quando ele “foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.[1] Eles apareceram aos discípulos e prometeram que os que o haviam visto ir para os céus, também o veriam vir da mesma maneira.

A ascensão de Jesus

Estas duas testemunhas são emissários de Luxor e estão presentes para focalizar a luz de Alfa e Ômega na ascensão dos filhos e das filhas de Deus. As vestes brancas que usam são a condensação da chama da ascensão. Estes dois mestres explicaram o seu papel ao assistirem à ascensão de Jesus da seguinte forma:

O propósito de dois de nós sairmos de Luxor para estar no local da ascensão de Jesus, foi para mantermos para ele em manifestação exterior e mesmo na oitava física (a razão por que os nossos corpos foram desacelerados a esse nível), o foco de Alfa e Ômega, o foco do caduceu, pois a chama da ascensão é a plenitude da luz do Pai, da Mãe, do Filho e do Espírito Santo.

Para isso estivemos presentes à ascensão, assim como os que ascendem do Retiro da Ascensão recebem a ajuda de dois assistentes que protegem o ser, enquanto este se torna um só com o pilar ascendente de fogo sobre o altar e a plataforma sagrada. Aquele foi um trabalho da Hierarquia, que jamais eclipsaria a realização do amado Filho de Deus, uma vez que a plenitude da sua consciência imersa no Criador da Vida foi, verdadeiramente, a maravilha das maravilhas, mesmo para nós que, com frequência, testemunhamos a ascensão das almas.

E os anjos permaneceram na sepultura enquanto Jesus trabalhava a chama da ressurreição e a vitória sobre a morte, pois a Lei exige que o equilíbrio seja mantido. Lembrai-vos que o agora Mestre Ascenso Godfre estendeu a taça para David Lloyd e compreendereis que o próprio Godfre foi o ponto focal da luz branca. E ele permaneceu conosco – nós que estávamos em níveis internos, guardando a matriz – enquanto aquele filho de Deus passava do plano da Matéria para o do Espírito.

Quanto mais aprenderdes sobre os trabalhos da Hierarquia, melhor compreendereis que a senda da iniciação é, verdadeiramente, um esforço conjunto de servos ascensos e não ascensos do Deus Altíssimo”.[2]

O Templo da Ascensão

Habitualmente os candidatos à ascensão vão para Luxor, para fazerem os preparativos finais para a ascensão, na conclusão da sua encarnação final. Alguns passam ali um certo número de horas, dias, semanas, meses ou mesmo anos, antes de lhes ser concedida a oportunidade de ascender, em níveis internos.

No entanto, outros que serviram a Hierarquia, resgataram mais de cinquenta e um por cento do seu carma, e estão envolvidos no equilíbrio de determinada região geográfica ou na transmutação de certas condições de grandes trevas podem fazer a ascensão no mesmo local onde viveram os seus últimos dias. Isso ocorreu, por exemplo, com a Mãe Maria, com Clara Louise Kieninger e o mensageiro Mark L. Prophet, cujo registro da sua ascensão permanece ancorado, acima de Pikes Peak, no Colorado (EUA ).

Periodicamente, Serápis Bey revê o registro dos chelas de vários mestres ascensos que servem as evoluções terrenas. Quando algum estudante manifesta uma certa alquimia de realização, Serápis informa o Guardião dos Pergaminhos e outros mestres ascensos, em Luxor, que o indivíduo pode receber a marca de candidato à ascensão. A marca é uma flor-de-lis branca, uma insígnia que é um foco do fogo branco da chama da ascensão.

Todas as hostes ascensas, anjos e elementais reconhecem essa insígnia e quem a ganhou recebe uma ajuda extraordinária dos membros da Grande Fraternidade Branca. Todos os que estão nas oitavas do Espírito interrompem a sua caminhada para vigiar e orar pelos que seguem o seu caminho na senda da ascensão. Em várias nações do planeta, há candidatos à ascensão e muitos praticam as disciplinas do caminho do Cristo ou as disciplinas do caminho do Buda, duas sendas acima de todas as outras e que providenciam um resumo do viver correto para a caminhada com Deus

Estes dois mestres falam sobre o serviço que realizam em Luxor:

Também damos aulas sobre como tecer a veste inconsútil. Ficaríeis surpresos se soubésseis o número de vezes que os iniciados têm de recomeçar, devido à irregularidade de linhas e fios do campo de força – sendo que os fios representam a consciência, os pensamentos e os sentimentos. Os pensamentos são a urdidura, os sentimentos, a trama e o fogo do corpo etérico, a maciez do tecido que deve drapejar, como um campo de força de proteção áurica, ao redor do corpo físico e de todos os corpos.

Alguns que frequentam aulas de costura e têm de costurar e desmanchar repetidas vezes, bem compreendem que é preciso ter muita paciência para tecer a veste inconsútil. E sabei que os mestres do Templo da Ascensão têm um olhar aguçado para verificar a qualidade e nunca deixam passar uma imperfeição na tecelagem.[3]

A senda da ascensão

Estes mestres ressaltam a importância de se dar atenção aos detalhes da vida, na senda da ascensão:

Percebei que a senda da ascensão nada mais é que detalhes. O discípulo que tem consciência dos detalhes é o que move céus e terra, disciplina o eu e percebe que as pequenas vitórias, conquistadas pela consciência a pouco e pouco, é que levam à vitória final, assim como as gotas de chuva formam, uma a uma, os riachos e os rios da vida.

Medida que vos aproximais da mestria dos raios secretos, a partir da mestria dos sete raios, percebereis que chegais cada vez mais perto do núcleo de fogo da vossa ascensão. Nos sete raios de mestria preocupais-vos com a conquista do mundo e em forjar o caminho de luz. Os raios secretos, entretanto, exigem a delicada percepção dos fios e das linhas e dos respectivos ziguezagues, pois essa é, na verdade, a tecedura da veste inconsútil...

A Senda continua, os peregrinos continuam na Senda e nós observamos e esperamos. Chegará um tempo em que aqueles de vós que sentiram agora este fogo no coração e o sentem a arder continuamente – chegará um tempo em que dois de nós, sejamos nós mesmos ou outros que servem em duplas no Retiro de Luxor – viremos até vós, talvez daqui a uma década, talvez mais, antes da vossa ascensão, para vos ajudar no fluxo das correntes dos vossos corpos físico, emocional, mental e etérico.[4]

Fontes

Mark L. Prophet e Elizabeth Clare Prophet, Os Mestres e os seus retiros, s.v. “Dois Homens Vestidos de Branco.”

  1. At 1:10.
  2. Os Dois Homens Vestidos de Branco, The Ascension of Jesus Christ (A Ascensão de Jesus Cristo), 19 de abril de 1976.
  3. Idem.
  4. Idem.